sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Radioamadorismo

O Radioamadorismo: É o serviço de telecomunicações de interesse restrito, destinado ao treinamento próprio, intercomunicação e investigações técnicas, levadas a efeito por amadores devidamente autorizados, interessados na radiotécnica unicamente a título pessoal e que não visem qualquer objetivo pecuniário ou comercial.  
  
 Algumas dicas importantes: Deseja chamar alguém na frequência ? 
Informe sempre quem está chamando.
Errado: "José Carlos está por aí ?"
Errado: "PY5XYZ está pela frequência ?"
Certo: "PY5XYZ, é PY5KLM quem solicita !" Certo: "PY5XYZ José Carlos, é PY5KLM Cláudio quem solicita !"
Ou simplesmente:
Certo: "PY5XYZ, PY5KLM"
O seu indicativo é sempre o último que você pronunciará
Quando se passa a palavra a alguém ou quando se solicita alguém na frequência, o solicitado é sempre o primeiro e quem solicita é sempre o último. 
Por isso não há dúvida quando alguém chama na frequência:
"PY5XYZ, PY5KLM"
que quem está chamando é PY5KLM !
Ao passar a palavra para outro radioamador, siga o mesmo princípio. O primeiro indicativo é para quem se está passando a palavra (quem vai falar em seguida) e o último indicativo é quem está passando a palavra (quem está falando).
Entre o primeiro e último indicativos, pode-se informar quem mais está na frequência.
Exemplo:  PY5XYZ, PY5KLM (PY5KLM passa a palavra para PY5XYZ)
PY5XYZ, PY5AZZ, PY5BXX, PY5KLM
No exemplo acima, quem está terminando de falar é PY5KLM e quem vai falar em seguida é PY5XYZ. Os radioamadores PY5AZZ e PY5BXX foram citados para que se saiba (quem ouve a frequência), que eles também estão participando da "rodada" (bate-papo).
Como é a pronuncia ?!?ICOM: A pronúncia correta é " áicom " E o código fonético em contestes internacionais ?!?Gera muita confusão a cópia de indicativos em contestes internacionais. Dependendo da região, adota-se código fonético pouco utilizado no Brasil:
B - Bravo, substituído por Baker (" bêiker ") por americanos
D - Delta, ou Denmark (Dinamarca)
H - Hotel, ou Honolulu, ou Henry (" rênrí ")
J - Juliet, ou Japan (" Japén ")
K - Kilo, ou Kilowatt (" quilouóti ")
N - November, ou Norway (" nór-uêi", Noruega)
O - Oscar, ou Ocean (" ôuchean ")
Q - Quebec, ou Queen (Rainha)
U - Uniform, ou Union (" iúnion ")
Y - Yankee, ou Yokohama (" iocorrama ")
Z - Zulu, ou Zanzibar
ORIENTAÇÕES PARA QUEM DESEJA INGRESSAR NO RADIOAMADORISMO
Como proceder para receber meu "COER" - Certificado de Operador de Estação de Radioamador ?
>> RESP: Para o Serviço de Radioamador é necessária a realização de testes e avaliação da capacidade operacional e técnica para operação da estação, devendo o candidato procurar os Escritórios/Unidades Operacionais da Anatel (endereços encontrados em http://www.anatel.gov.br) ou as Diretorias do LABRE (Liga Brasileira de Radioamadores), nas capitais dos Estados.
Para fazer os testes, o interessado deve consultar o endereço eletrônico da Anatel (http://sistemas.anatel .gov. br/SEC), seus Escritórios Regionais, suas Unidades Operacionais ou, ainda, as Diretorias da LABRE (Liga Brasileira de Radioamadores), nas capitais dos Estados, para verificar o calendário anual de realização de testes para obtenção do Certificado de Operador de Estação de Radioamador – COER.
A documentação necessária para inscrição para provas e posteriormente quando aprovado, para solicitação do COER, poderão ser informados pela própria ANATEL. Endereço da ANATEL em Curitiba: Rua Vicente Machado, n° 720 - Batel - CEP 80420-011 -  (41) 3219-7000.
A Labre PR também poderá lhe fornecer informações sobre a documentação e o calendário de provas para o Estado do PR. 
Andei lendo no site da Anatel para tirar a licença e achei bem complicado, ou acabei por não entender.  Terei que realizar uma prova ? Ela é difícil ? Não entendo nada de cógido morse e etc .
>> RESP: Sim, terá que se submeter a provas. Não, não é difícil. Existem 3 classes no radioamadorismo e para cada uma delas você obterá acesso a determinadas frequências para transmissão:
Classe C - Não é necessário se submeter a prova de código morse. Você fará provas de técnica e ética operacional e legislação de telecomunicações. Poderá operar nas bandas de VHF (50MHz, 144MHz) e UHF (430MHz) e em parte das bandas de HF (ondas curtas abaixo de 30MHz). Classe B - Fará provas da classe C e mais transmissão/recepção em código morse e conhecimentos básicos de eletrônica e eletricidade. Terá acesso as frequências da classe C e a mais algumas outras da banda de HF. Classe A - Somente 1 ano após ter obtido a classe B, fará provas de conhecimentos de eletrônica e eletricidade.
O interessado em ingressar para o radioamadorismo poderá fazer as provas para entrar na Classe C ou diretamente na Classe B (essa última exige aprovação em transmissão e recepção de código Morse).
Você deverá adquirir apostilas para estudar ou frequentar aulas. A Labre PR possui essas apostilas e ministra aulas. No caso de moradores do interior do Estado é mais difícil frequentar as aulas, mas poderá facilmente estudar pelas apostilas e fazer as provas em cidades do interior ou mesmo na capital.
A Anatel poderá informar quando fará provas na sua região.
Veja o link em:http://www.arpapr.org.br/anatel_testes_compr_capacid_optec.html
Que taxas terei que pagar?
>> RESP: A Anatel não cobra taxas para realização das provas. Somente se aprovado você receberá boletos para pagamento do seu registro de COER - Certificado de Operador de Estação de Radioamador e da taxa anual de licença de sua estação. Os valores são baixos.
Gostaria de usar o rádio no carro para quando viajar e em casa. Tenho que ter 2 licenças ? Quais seriam as melhores antenas para os dois casos ?
>> RESP: Se você utilizar somente um HT, que é um rádio para operação móvel (ou um rádio instalado no carro), poderá adquirir somente a licença tipo 6 (móvel). Se instalar antenas em sua residência, deverá ter uma licença fixa. Se utilizar de ambos os modos terá que ter duas licenças de estação, uma para móvel e outra para fixa no endereço de sua residência.
Normalmente temos uma licença móvel e outra fixa. O custo anual por estação é muito baixo.
Quanto as antenas, existem as apropriadas para operação móvel. Normalmente em VHF na banda de 2m, a antena móvel poderá ter 1/4 de onda (menos de 50cm). Para o uso base e contato local ou via repetidoras, pode-se utilizar antenas verticais. Para alcançar maiores distâncias poderá utilizar antenas direcionais cujo posicionamento será realizado através de rotores. 
Quanto ao alcance, pois na minha cidade serei o primeiro a ter um rádio VHF.  Consigo conversar com pessoas de outras cidades e países ?
>> RESP: O alcance depende da banda de frequência utilizada. Em VHF (banda de 2 metros de comprimento de onda, frequência de 144MHz)), o alcance é o visual e portanto o contato é local. Quanto mais alto você estiver, maior o alcance, mas nunca irá ultrapassar o alcance visual.
Com boas antenas e eqto com 50W de potência, pode-se considerar o alcance médio de 50km.
Com o uso de repetidoras, conseguimos prolongar esse alcance. Por exemplo, a ARPA possui diversas repetidoras mas especialmente uma delas, a do Morro do Caratuva (70Km de Curitiba), está a 1860m de altitude o que permite muitas vezes comunicação entre Curitiba e São Paulo.
Para comunicação com outros países você utilizará bandas de HF (ondas curtas). Lembre-se que já na classe C você poderá utilizar diversas bandas no HF. A banda de 10m (frequência de 28MHz) é uma delas e permite fácil contato com países de outros continentes.
Cabe lembrar que o PX tem sua faixa de frequências em 11m (27MHz), mas é limitada a uma potência máxima de 21Watts. Mesmo com essa potência mas utilizando boas antenas direcionais pode-se atingir outros países. No radioamadorismo é possível utilizar-se de até 1000 Watts Classe A e B ou 100W na Classe C) o que resulta num alcance extremamente maior.
Sei que para rádio na faixa do cidadão, existem amplificadores (as botinas, e sei tb que são ilegais ) e para a faixa dos 2m, tem amplificadores tb ?
>> RESP: Sim, há amplificadores. Normalmente os equipamentos possuem potência de 5W para HT (portátil) e 50W para base/móvel. Os amplificadores para VHF tem potência de saída normalmente de 100W a 200W.
Gostaria de estar filiado a algum clube, associação, entidade ou algo que eu possa fazer parte junto com outras pessoas, para trocar experiências, tirar dúvidas. O que vc me indica neste âmbito ?
>> RESP: É importante se associar a entidades do radioamadorismo. São as entidades que promovem a disseminação do hobby e são os associados quem as mantém. Não há grupo ou associação sem a participação efetiva de radioamadores. A ARPA é uma associação que se preocupa com o crescimento técnico do radioamador e dessa forma temos realizado palestras e eventos. Radioamadorismo não se reduz a falar no rádio, existem muitos desafios nas atividades de contatos a longa distância (DX) visando a obtenção de diplomas (nacionais e internacionais), além das competições (contestes). Estamos dando ênfase a essas atividades como forma indireta de levar o conhecimento da técnica aos novos radioamadores.
Gostaríamos muito de tê-lo como associado.
A Labre é a entidade que representa os radioamadores perante outros países. Cadas país possui uma entidade reconhecida internacionalmente. É através dela que você poderá enviar e receber seus cartões QSL (cartões de confirmação de contatos) sem ter que enviar um a um ao destinatário via correios.
Fonte: arpapr.org

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Primeiro transistor

Primeiro transístor, criado por engenheiros do Bell Labs


A descoberta dos semicondutores, a invenção dos transistores e a criação do circuito integrado são o que faz a Lei de Moore - e por extensão, os eletrônicos modernos - possível. Antes da invenção do transístor, o ele mais amplamente usado nos eletrônicos era a válvula. Engenheiros elétricos usavam as válvulas para amplificar os sinais elétricos. Mas as válvulas tinham a tendência a se quebrar e geravam muito calor também.

O Bell Laboratories começou a procurar uma alternativa às válvulas para estabilizar e forçar o crescimento da rede nacional de telefonia nos EUA nos anos 1930. Em 1945, o laboratório concentrou-se em descobrir uma maneira de tirar vantagem dos semicondutores. Um semicondutor é um material que pode agir tanto como condutor quanto como isolante. Condutores são materiais que permitem o fluxo de elétrons - eles conduzem eletricidade. Isolantes têm uma estrutura atômica que inibe o fluxo de elétrons. Os semicondutores fazem as duas coisas.

O controle do fluxo de elétrons é o que faz os eletrônicos funcionarem. Descobrir uma maneira de aproveitar a natureza única dos semicondutores se tornou alta prioridade para o Bell Labs.Em 1947, John Bardeen e Walter Brattain construíram o primeiro transístor funcional. O transístor é um dispositivo projetado para controlar o fluxo de elétrons - ele tem um portão que, quando fechado, evita que os elétrons fluam pelo transístor. Essa ideia básica é a base para a maneira como praticamente todos os eletrônicos funcionam.

Os primeiros transistores era enormes, comparados com os transistores fabricados hoje. O primeiro deles tinha 1,3 cm de altura. Mas depois que os engenheiros aprenderam como construir um transístor funcional, a corrida estava em construi-los melhores e menores. Nos primeiros anos, os transistores existiam apenas nos laboratórios científicos enquanto os engenheiros melhoravam o design.

Em 1958, Jack Kilby fez a próxima grande contribuição ao mundo dos eletrônicos: o circuito integrado. Os primeiros circuitos elétricos consistiam de uma série de componentes individuais, cujas peças eram construídas uma a uma e depois anexadas a uma fundação chamada substrato. Kilby experimentou construir um circuito fora da uma peça única do material semicondutor e revestir as partes de metal necessárias para conectar as diferentes peças do circuito elétrico no topo disso. O resultado foi um circuito integrado.

O próximo grande desenvolvimento foi o transístor achatado. Para fazer o transístor achatado, os componentes são entalhados diretamente no substrato semicondutor. Isso faz com que algumas partes do substratos sejam mais altas que as outras. Em seguida, você aplica um filme de metal condensado ao substrato. O filme adere às porções altas do material semicondutor, cobrindo-o com metal. O metal cria as conexões entre os diferentes componentes para permitir que os elétrons fluam de um componente para outro. É quase como imprimir um circuito diretamente em uma bolacha de semicondutor.

O transístor bipolar é o transístor mais importante do ponto de vista histórico e o de utilização mais corrente. No entanto, convém referir os transístores de efeito de campo (FET, “Field Effect Transistor”), nomeadamente, os transístores FET de junção unipolar, os transístores MOSFET (“Metal Oxide Semiconductor Field Effect Transistor”), e os CMOS (“complementary MOSFET”), os quais são muito usados na electrónica integrada de alta densidade.

O material semicondutor mais usado no fabrico de transístores é o silício. Contudo, o primeiro transístor foi fabricado em germânio. O silício é preferível porque possibilita o funcionamento a temperaturas mais elevadas (175 ºC, quando comparado com os ~75ºC dos transístores de germânio) e também porque apresenta correntes de fuga menores. O transístor bipolar é formado por duas junções p-n em série, podendo apresentar as configurações p-n-p e n-p-n . Os transístores n-p-n são os mais comuns, basicamente porque a mobilidade dos electrões é muito superior à das lacunas, isto é, os electrões movem-se mais facilmente ao longo da estrutura cristalina o que traz vantagens significativas no processamento de sinais de alta frequência. E são mais adequados à produção em massa. No entanto, deve-se referir que, em várias situações, é muito útil ter os dois tipos de transístores num circuito.


Símbolos Transistores

 

 O transístor de junção bipolar é um dos componentes mais importantes na Eletrônica. É um dispositivo com três terminais. Num elemento com três terminais é possível usar a tensão entre dois dos terminais para controlar o fluxo de corrente no terceiro terminal, i.e., obter uma fonte controlável. O transístor permite a amplificação e comutação de sinais, tendo substituído as válvulas termo-iónicas na maior parte das aplicações. A figura da página seguinte mostra, de forma esquemática, um transístor bipolar p-n-p. Este transístor é formado por duas junções p-n que partilham a região do tipo n (muito fina e não representada à escala). Neste aspecto, o dispositivo corresponde à sanduíche de um material
 do tipo n, entre duas regiões do tipo p. Existe também a estrutura complementar (npn). Dependendo da polarização de cada junções (direta ou inversa), o transístor pode operar no modo activo/linear, estar em corte ou em saturação. Verifique e simule a polarização e funcionamento de um transístor bipolar. Um transístor bipolar (com polaridade NPN ou PNP) é constituído por duas junções PN (junção base-emissor e junção base-colector) de material semicondutor (silício ou germânio) e por três terminais designados por Emissor (E), Base (B) e Coletor (C).

Transistores


O transístor (português europeu) ou transistor (português brasileiro) é um componente eletrônico que começou a popularizar-se na década de 1950, tendo sido o principal responsável pela revolução da eletrônica na década de 1960. 
São utilizados principalmente como amplificadores e interruptores de sinais elétricos. O termo provém do inglês transfer resistor (resistor/resistência de transferência), como era conhecido pelos seus inventores.

O processo de transferência de resistência, no caso de um circuito analógico, significa que a impedância característica do componente varia para cima ou para baixo da polarização pré-estabelecida. Graças a esta função, a corrente elétrica que passa entre coletor e emissor do transistor varia dentro de determinados parâmetros pré-estabelecidos pelo projetista do circuito eletrônico. Esta variação é feita através da variação de corrente num dos terminais chamados base, o que, consequentemente, ocasiona o processo de amplificação de sinal.
Entende-se por “amplificar” o procedimento de tornar um sinal elétrico mais fraco num mais forte. Um sinal elétrico de baixa intensidade, como os sinais gerados por um microfone, é injetado num circuito eletrônico (transistorizado por exemplo), cuja função principal é transformar este sinal fraco gerado pelo microfone em sinais elétricos com as mesmas características, mas com potência suficiente para excitar os alto-falantes. A este processo todo dá-se o nome de ganho de sinal.
Invenção
O transístor de silício e germânio foi inventado nos Laboratórios da Bell Telephone por Bardeen e Brattain em 1947 e, inicialmente, demonstrado em 23 de Dezembro de 1948, por John Bardeen, Walter Houser Brattain e William Bradford Shockley, que foram laureados com o Nobel de Física em 1956. Ironicamente, eles pretendiam fabricar um transistor de efeito de campo (FET) idealizado por Julius Edgar Lilienfeld antes de 1925, mas acabaram por descobrir uma amplificação da corrente no ponto de contato do transistor. Isto evoluiu posteriormente para converter-se no transistor de junção bipolar (BJT). O objetivo do projeto era criar um dispositivo compacto e barato para substituir as válvulas termoiônicas usadas nos sistemas telefônicos da época.
Os transistores bipolares passaram, então, a ser incorporados a diversas aplicações, tais como aparelhos auditivos, seguidos rapidamente por rádios transistorizados. Mas a indústria norte-americana não adotou imediatamente o transistor nos equipamentos eletrônicos de consumo, preferindo continuar a usar as válvulas termoiônicas, cuja tecnologia era amplamente dominada. Foi por meio de produtos japoneses, notadamente os rádios portáteis fabricados pela Sony, que o transistor passou a ser adotado em escala mundial. Não houve muitas mudanças até então.
Nessa época, o MOSFET (Metal Oxide Silicon Field Effect Transistor – Transistor de Efeito de Campo formado por Metal, Óxido e Silício) ficou em segundo plano, quase esquecido. Problemas de interface inviabilizavam a construção dos MOSFETs. Contudo, em 1959, Atalla e Kahng, da Bell Labs, fabricaram e conseguiram a operação de um transistor MOS. Nessa época, os transistores MOS eram tidos como curiosidade, devido ao desempenho bastante inferior aos bipolares.
A grande vantagem dos transistores em relação às válvulas foi demonstrada em 1958, quando Jack Kilby, da Texas Instruments, desenvolveu o primeiro circuito integrado, consistindo de um transistor, três resistores e um capacitor, implementando um oscilador simples. A partir daí, via-se a possibilidade de criação de circuitos mais complexos, utilizando integração de componentes. Isto marcou uma transição na história dos transistores, que deixaram de ser vistos como substitutos das válvulas e passaram a ser encarados como dispositivos que possibilitam a criação de circuitos complexos, integrados.
Em 1960, devido a sua estrutura mais simples, o MOS passou a ser encarado como um dispositivo viável para circuitos digitais integrados. Nessa época, havia muitos problemas com estados de impurezas, o que manteve o uso do MOS restrito até o fim da década de 60. Entre 1964 e 1969, identificou-se o Sódio Na como o principal causador dos problemas de estado de superfície e começaram a surgir soluções para tais problemas.
No início da tecnologia MOS, os transistores PMOS foram mais utilizados, apesar de o conceito de Complementary MOS (CMOS) já ter sido introduzido por Weimer. O problema ainda era a dificuldade de eliminação de estados de superfície nos transistores NMOS.
Em 1970, a Intel anunciava a primeira DRAM, fabricada com tecnologia PMOS. Em 1971, a mesma empresa lançava o primeiro microprocessador do mundo, o 4004, baseado em tecnologia PMOS. Ele tinha sido projetado para ser usado em calculadoras. Ainda em 1971, resolviam-se os problemas de estado de superfície e emergia a tecnologia NMOS, que permitia maior velocidade e maior poder de integração.
O domínio da tecnologia MOS dura até o final dos anos 70. Nessa época, o NMOS passou a ser um problema, pois com o aumento da densidade dos CIs, a tecnologia demonstrou-se insuficiente, pois surgem grandes problemas com consumo de potência (que é alta nesse tipo de tecnologia). Com isso, a tecnologia CMOS começava a ganhar espaço.
A partir da década de 80, o uso de CMOS foi intensificado, levando a tecnologia a ser usada em 75% de toda a fabricação de circuitos, por volta do ano 2000.

Tabela de resistores