sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Modulação em banda lateral única

Modulação em banda lateral única

Banda Lateral Única é um modo de emissão em rádio obtido a partir da supressão da portadora e de uma das bandas.

Quando um sinal de áudio é aplicado a uma portadora obtém-se como produto a soma da freqüência aplicada e da portadora e obtém-se a diferente entre as duas. Dessa forma são geradas as duas bandas laterais inferior e superior.

As bandas laterais são as que transportam a informação. Esta informação pode ser música, voz ou qualquer outro sinal aplicado na entrada de modulação do transmissor.

Ao chegar no receptor é realizado o processo inverso para recuperar a informação original.

Na transmissão em banda lateral única, a freqüência principal e uma das bandas são eliminadas, com o uso de filtros adequados, restando apenas a outra banda. Este processo é feito antes da etapa final de potência do transmissor (veja também modulador balanceado).

A vantagem da transmissão em banda lateral única é referente à potência em relação ao alcance.

Compare-se o rendimento de um transmissor com Modulação em amplitude-AM de 100 Watts com um transmissor de Banda Lateral Única de mesma potência.

Em um transmissor AM 50% (50W) é aplicada a portadora. A portadora não carrega nenhuma informação até o receptor. Cada uma das duas bandas laterais leva 25% da potência, ou seja, a outra metade.

Em um transmissor de Banda Lateral Única, todos os 100W da etapa final de potência são aplicados na única banda.

Assim, pode-se dizer que um transmissor de Banda Lateral Única possui cerca de quatro vezes a eficiência de um transmissor de Amplitude Modulada de mesma potência.

Site Relacionado http://50MHz-BR.com
Radioamador: RafaelTM (PU3TZY)

Uma boa conversa no PX

UMA BOA CONVERSA EM PX

 

- Somente comece a falar depois de apertar o PTT (o famoso “Mike”). É sério, mesmo operadores mais experientes, por distração, cometem esse erro e quem está ouvindo não entende nada. Você deve apertar o PTT, esperar 1 segundo e começar a falar.

- Fale devagar e calmo, caso contrário ninguém vai entender você.

- Fale sempre respeitando uma distância de 5 cm entre sua boca e o Mike. Não há necessidade de encostar a boca no Mike, pois isso vai dificultar sua fala e saturar o áudio para quem está ouvindo.

- Gritar é um procedimento que nem sempre resolve, mas falar mais alto pode ajudar.

- Sempre espere uns dois segundos entre o final de uma transmissão e a sua transmissão, isso dá oportunidade para mais alguém pedir para falar.

- Se você quiser participar de uma conversa, aguarde o intervalo entre as transmissões, fale “break”, “oportunidade”, ou simplesmente “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite” e aguarde, logo te chamarão para participar da conversa.

- Nunca interrompa, fale por cima ou fale junto com outra transmissão. A não ser que seja emergência.

- Não use palavrões nem gíria ( a não ser as utilizadas em transmissões de PX), nem brigue pelo PX, lembre-se que não é só você que está ouvindo. Seja educado.

- Sempre que for chamar/procurar alguém no PX, não fale de primeira “Fulano está em QAP?”. Acredite, se o “fulano” não estiver prestando muita atenção no PX, ele não vai atender. Procure chamar duas vezes. Por exemplo: “Atento atento ... “fulano” em QAP ... É “ciclano” chamando .... Fulano em QAP?. Isso ajuda bastante identificando quem está chamando quem.

- Procure não utilizar a canaleta 9, apesar de já ter virado bagunça, ela ainda é a canaleta para emergências.

- Se você está começando agora e tiver oportunidade, fique ouvindo as transmissões de outros operadores (na gíria do PX “corujando”), isso ajuda a você pegar o “esquema” das transmissões.

 

 

RÁDIO CIDADÃO

 

O serviço de rádio cidadão, também conhecido por Faixa Cidadão, CB ou PX, é o preferido do público devido a facilidade de instalação e o baixo custo dos equipamentos.

O tamanho da antena está diretamente ligado à faixa de operação do equipamento, nos veículos as antenas devem ter 2,73 metros de comprimento, o que representa ¼ do comprimento total da onda de rádio, que tem em torno de 11 metros. É a famosa “Maria-mole”, que é vista em jipes e caminhões pelas estradas e trilhas do Brasil. Existem também as antenas bobinadas, que são menores e possuem uma bobina, como o próprio nome indica.

Para operar um rádio PX é preciso que se tenha uma licença, que pode ser retirada (e depois paga) através da internet, no site www.anatel.com.br. Esta licença deve ser renovada todo ano.

 

 

 

RÁDIO AMADOR

 

Este serviço de comunicação é o mais completo à disposição do cidadão comum, entretanto para se obter a licença de operação deve-se fazer um curso sobre ética de operação, Código Fonético e Código Q. Para algumas classes de operação o conhecimento de eletrônica e Código Morse também se faz necessário.

 

CÓDIGO FONÉTICO

 

O código fonético é simples e é utilizado por qualquer pessoa que utilize radiocomunicação. Sua função é facilitar a identificação de letras e palavras em único padrão mundial.

 

A – Alfa

B – Bravo

C – Charlie

D – Delta

E – Eco

F – Fox

G – Golf

H – Hotel

I – Índia

J – Juliet

K – Kilo

L – Lima

M – Mike

N – November

O – Oscar

P – Papa

Q – Quebec

R – Romeu

S – Sierra

T – Tango

U – Uniform

V – Victor

X – X-ray

Y – Yanque

W – Whiskie

Z – Zulu

 

 CÓDIGO Q

 

Já o Código Q pode parecer um pouco mais complicado, principalmente se você tentar decorar a lista completa, que geralmente só é utilizada pelas Forças Armadas.

Para o radioamador e faixa cidadão ela pode ser resumida em uma lista menor.

 

QRA – Nome do operador

QRB – Qual a sua distância

QRG – Freqüência de operação

QRH – Sua freqüência varia

QRL – Estou ocupado. Não interfira

QRM – Interferência de outra estação

QRN – Interferência estática ou atmosférica

QRO – Aumente sua potência (p/ rádio amador)

QRP – Diminua sua potência (p/ rádio amador)

QRQ – Manipule mais rápido

QRS – manipule mais devagar

QRR – SOS terrestre

QRT – Vou parar de transmitir

QRU – Você tem algo para mim?

QRV – Estarei a sua disposição

QRX – Aguarde sua vez de transmitir

QRY – Quando será minha vez de transmitir?

QRZ - Quem me chama?

QSB – Seu sinal varia

QSD – Sua transmissão está defeituosa

QSJ – Dinheiro

QSL – Entendido

QSM – Repita sua última mensagem

QSN – Escutou-me?

QSO – Comunicado, notícia

QSP – Ponte, retransmissão de mensagem para outra estação

QSW – Transmitirei nesta ou em outra freqüência?

QSY – Vou transmitir em outra freqüência

QSZ – Devo transmitir cada palavra ou grupo?

QTA – Anule a mensagem anterior

QTC – Mensagem, notícia

QTH – Qual sua localização exata?

QTI – Qual sua localização aproximada?

QTR – Horas

QTX – Sairei por tempo indeterminado

QUD – Recebi seu sinal de urgência

QUF – Recebi seu sinal de perigo

QAP – Permaneço na escuta

 

 

GÍRIAS NO PX

 

Quando utilizar o rádio, procure não utilizar palavrões ou gírias, a não ser as já utilizadas pelos operadores.

 

Água de eloqüência – Cachaça

Atrás do toco – Só ouvindo

Asa dura - Avião

Anzol – Polícia Rodoviária

Anel – Primo

Ana Maria – AM

Acoplamento – Reunião

Bigodeira – Interferência

Baixa freqüência – Telefonema

Barra móvel – Automóvel

Barra náutica – Barco

Banheira – Mar

Batente – Trabalho

Bicorar – Pedir para falar

Break – Pedir para falar de RF

Botina - Amplificador

Botina branca – Médico

Botina preta – Militar

Bailarina – Caneta

Balaio – Bagunça

Bruxa – Ventania

Bobo – Relógio

Bigode a metro – Pessoalmente

Copiar – Escutar

Capacete – Sogro

Chá de urubu – Café

Canaleta – Canal

Casa de beijo – Motel

Chá de piriquito -Chimarrão, mate

Curto circuito – Briga

Cristalografia – Família

Cristal – Esposa

Cristalina – Filha

Cristalóide – Filho

Carvão – Esposo

Comer barbante – Esperar

Chuva artificial – Banho

Centelha – Neto

Caixa preta – Rádio tansmissor

Coruja – Escuta

Carga pesada – Caminhão

Carga pesada bonequinha – Ônibus

Chucrutar – Aumentar os canais

Dois metros – Dormir

Espiras – Dinheiro

Esparadrapo – Irmão

Feijão queimado – Amante

Fio Maravilha – FM

Feiticeiro – Técnico de rádio

Fundo de poço – Sinal baixo, fraco

Gordurames – Comida

Grega – Viagem

Lilico – Amplificador linear

Loura suada – Cerveja

Levanta a Saia Baiana – LSB

Lambari – Estação fraca

Linha de 500 – Telefonema

Munheca de pau – Operador novato

Modular – Falar

Macaco preto – Telefone

Musquiteiro – Rádio

Mosca branca – Zona de silêncio

Orelha – vizinho

Pé de pato – Navio

Pitimbado – Doente, quebrado

Portadora – Transmissão sem fala

Papai Noel – DENTEL

Pirambeira – Sair, desaparecer

Pipoca – Afilhado

Pica-pau – Manipulador de telegrafia

PX Maior – Deus

Para-raio – Sogra

Primeiríssima – Mãe

Pé de borracha – Carro

Pé de ferro – Trem

Pé de sola – A pé

QTO –Sanitário

Perneta – Colega

Roger – Câmbio

Reco-reco nas costelas – Abraço

Shack – Local da estação

Santiago – Sinal

Trapissuna – Aparelhagem

Turmalina – Namorada

Tapete branco – Papel

Tapete preto – Asfalto

Tubarão – Estação forte

Teresinha Vasconcelos – TV

Urubu Sai de Baixo – USB

Vertical – Conversa pessoal

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Amplificadores Lineares


AMPLIFICADORES LINEARES Linear,ou Amplificador Linear,é um equipamento (podendo ser interpretado como um acessório) que poderá,ou não,fazer parte de uma Estação de Radioamador. A única finalidade deste equipamento é a de amplificar, linearmente,o sinal de Radiofreqüência(RF). Em simples palavras: Um Linear, quando em funcionamento, fornece uma Potência superior à Potência que o transceptor possui. 

TIPOS DE LINEAR Os Amplificadores Lineares podem ser valvulados ou transistorizados,podendo ser automáticos ou não.Costumam ser classificados em: - Pequenos Lineares:os que fornecem até 600/700Watts de Potência. - Grandes Lineares:os que fornecem acima de 1KW(1.000Watts) de Potência. Esta simples divisão justifica-se pela tipologia destes equipamentos que estão disponíveis no mercado. 

ENTENDENDO ALGUMAS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS. Alguns Radioamadores encontram uma certa dificuldade para interpretarem,corretamente,algumas das informações que constam dos manuais que acompanham os Lineares.Estas dúvidas são compreensíveis até pelo entendimento do idioma,no qual foi escrito o manual. Teoria à parte,resumem-se as especificações técnicas mais significativas,em:

A) POTÊNCIA DE SAÍDA VERSUS POTÊNCIA DE ENTRADA. No manual de um Linear,no tocante à Potência de Entrada("Rated Plate Input" ou "Power Input" ou "Final Power Input" ou "Plate Power Input"),levar em consideração a equação abaixo,onde: P(out)= P(in) x 0.6 Potência de Saída = Potência de Entrada x 0.6 A Potência de Saída("Power Output"),que é entendida como a eficiência nominal de um Amplificador Linear,será 60%(sessenta por cento)da Potência de Entrada("Power Input"). Exemplo: No manual de um determinado Linear vem escrito que o "Final Power Input" é 1KW CW RTTY(2KW P.E.P. SSB). Pergunta:Qual é a Potência de Saída deste Linear? Aplicando a equação,vem: P(out)= P(in) x 0.6 P(out)= 1KW x 0.6 então: Potência de Saída = 600Watts CW RTTY ou: Potência de Saída = 2KW x 0.6 onde: Potência de Saída = 1.200watts P.E.P. SSB ou seja: Este suposto Linear fornece 600Watts em CW ou 1,2KW em SSB.

B) TENSÃO DE PLACA E CORRENTE DE PLACA. Considerar a equação abaixo para obter,do Linear,os valores que o fabricante estabelece: P(in)= Vp x Ip sendo: P(in)= Potência de Entrada Vp= Tensão de Placa(DC VOLT) Ip= Corrente de Placa(DC AMP) O Amplificador Linear deverá ser "excitado" pelo transmissor -e sintonizado- de forma a se obter,no mostrador do linear,as leituras de tensão e corrente corretas.

C) "DRIVE POWER REQUIREMENTS" OU "EXCITATION ENERGY REQUIRED" Seria a Potência de Excitacão. Ou seja,é a quantidade de Watts necessárias que o transceptor deverá fornecer para que o Linear irradie sua Potência.Evidentemente que esta Potência não poderá exceder a especificada pelo fabricante.

D) "POWER REQUIREMENTS" Seria a alimentação necessária para que o Linear possa entrar em funcionamento. Normalmente:110Volts ou 220Volts(inclusive 13,8 Volts).

E) "VACUUM TUBES" OU "TRANSMITTING TUBES" OU "TUBES" São as válvulas,que podem ser de vidro ou de cerâmica. A temática que envolve as válvulas(características,potências fornecidas,preço,facilidade ou não para serem obtidas,etc.)são motivo de muitas conversas entre os Radioamadores,notadamente daqueles que possuem ou já possuiram Lineares. 

RELAÇÃO CUSTO BENEFÍCIO
              Atualmente encontra-se,disponível no mercado,Lineares totalmente transistorizados,com Potências baixas(não mais que 400/500/600Watts), isentos de "chaves-de-onda",custos reduzidos, pequenas dimensões e que  não necessitam de sintonias.
              São equipamentos bem versáteis,requerendo baixíssimas
Potências de Excitação(não mais que 40Watts),que não esquentam muito(geralmente providos de ventoinhas)e permitem agilidade no seu manuseio.
              Pelas Potências fornecidas exigem,em
 contra-partida,Fontes Estabilizadas adequadas.Uma boa vantagem é permitir que o
transceptor opere em baixa Potência e,com isso,afastar o problema do super-aquecimento.
              Estes pequenos Lineares requerem pouca manutenção e,em
 caso de pane,os consêrtos e respectivas trocas de componentes não
esbarram na dificuldade da obtenção das peças, principalmente quando o produto é nacional.

EXEMPLO:

QUANDO USAR UM LINEAR? Quando o Radioamador assim o desejar.Porém,o uso de um Linear relaciona-se mais intimamente com contatos a longa distância(DX),em situações quando a freqüência-de-trabalho encontra-se muito ruidosa,na necessidade de superar às perdas na linha de transmissão e na tentativa de poder superar situações de pouca propagação. Nas muitas das vezes o Linear é um dos últimos itens a ser adquirido pelo Radioamador.O emprego de altas Potências pode ocasionar interferências desagradáveis(o que é,sabidamente,proibido)e,por outro lado,a necessidade de Antenas e Baluns que suportem tais Potências,Cabos Coaxiais indicados para isto,bons conectores e a correta tensão fornecida pela rede de distribuição elétrica. Como os Lineares não são obrigatórios,a quase totalidade dos Radioamadores o empregam com muita segurança e com objetivos muito bem definidos. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS Não se deixe impressionar por sinais fortíssimos,oriundos de estações "poderosas"(os "tubarões" ou "patas-de-elefante").Potência ajuda mas,em alguns casos,atrapalha e não se torna necessária. Só faça a manutençao(lubrificação do eixo da ventoinha, limpeza interna,etc.)estando o Linear desligado e desconectado da tomada que fornece a energia elétrica e não permita que "entendidos" o consertem. A Legislação Brasileira permite "Potência Média Máxima" de 1.000Watts(1KW).
Fonte: LEO PY1LJ

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Manutenção em rádios

Para consertar um transceptor, O técnico caprichoso gostaria de gastar seu tempo apenas na descoberta dos componentes danificados, consertar e entregar ao cliente em perfeito funcionamento o mais rápido possível. Mas nem sempre é exatamente isso o que acontece. Problemas como  procurar saber se o cliente está falando a verdade, pesquisar entre componentes importados para obter a peça certa, ser paciente com certos defeitos que acontece somente quando o rádio quer, defeitos que só acontece na antena do cliente (R.O.E alta), ter que usar certas ferramentas especiais para manipular peças tão pequenas que quase já não é possível pegar com as mãos (smd) e principalmente desfazer as bagunças invisíveis dos outros técnicos, são as principais causas que fazem o conserto ser mais demorado que o esperado. Pior ainda é conservar os erros feitos por outros como beeps, ligações de eco externos, pedais e outras coisas que geralmente compromete o equipamento e a integridade do trabalho do técnico somente porque os donos não querem que sejam removidos.
Os itens abaixo são algumas dessas dificuldades relatados com mais detalhes.

AMC - ALC:Um controle interno existente nos transceptores, controla o nível de modulação do transceptor (voz do microfone) evitando distorções acima do nível desejado. Nos rádios PX, para que o microfone fique "mais forte", estão extraindo (tirando fora) um importante transistor classificado pelos outros técnicos como "freio de áudio". Realmente a retirada desse componente libera a modulação acima dos 60% que vem de fábrica atingindo até 120%. Mas o real limite não pode ser superior a 100% e esses 20% a mais é a distorção que aparece junto com os 100% do áudio normal enganando medidores, causando modulações negativas e distorcidas (a potência cai quando se fala ao microfone) criando uma pequena ranhura na qualidade da voz.
O método correto é modificar na placa alguns componentes na área do controle AMC e ALC diminuindo atuações excessivas permitindo maior passagem de áudio mas mantendo o transistor para que este ainda funcione evitando apenas o excesso do áudio.
Nos rádios VHF, o fabricante usa um importantíssimo controle de modulação que se desajustado, provoca um 

desvio que não é percebido a curta distância mas que é fatal a longa distância principalmente para repetidoras e ao uso do sub-tom. Nem todos percebem quando um transceptor de VHF está com o controle de áudio desajustado e o mais interessante é que seus donos não aceitam (não admitam) quando alguém informam a possibilidade desse problema no seu rádio.
Em quase todos os transceptores que aparecem em minha oficina para conserto, estão com o transistor retirados ou com os controles fora do ajuste no limite correto.

CONECTOR DO MICROFONE (PTT):

Na tentativa de amplificar a cápsula do microfone, aconselha-se a colocar um pequeno circuito pré-amplificador no interior do rádio que recebe uma alimentação geralmente na casa dos 8 volts vindo do regulador sem oferecer nenhum risco ao rádio devido ao baixo consumo do circuito (0,1 amp). Porém para alguns é necessário que esse circuito esteja alojado dentro do microfone pois ao uso de um PTT pedestal, a retirada do microfone, remove também o circuito pré-amplificador mantendo o rádio original porque o microfone de pedestal também é amplificado. Se o circuito está dentro da caixa do microfone, este precisa ser alimentado e para isso é necessário que um dos fios transporte essa voltagem. Na falta de conhecimento técnico, estão ligando fios diretamente da chave L/D até um pino do conector para alimentar um circuito que precisa de apenas a décima parte de 1 amp (0,1amp). Isso é extremamente perigoso porque ao pequeno sinal de erro de microfone, compromete seriamente o fio do microfone, vários filetes do circuito e a fonte de alimentação. Isso é mais comum quando outro microfone é colocado para "ver" se vai funcionar.

A forma correta de alimentar um circuito pré-amplificador dentro do microfone é drenar a voltagem com um resistor de 1k ohms e um capacitor de 100mf para filtro. outro capacitor igual deverá estar junto ao circuito pré-amplificador.

CÂMARA DE ECO (LANG):Um grande problema que enfrento e que me deixa sem "ação", é encontrar um horroroso fio ligado diretamente de um conector na traseira do rádio até um ponto sensível do microfone para ligar, um aparelho de câmara de eco ou pedais de guitarra que na realidade foi fabricado para equalizadores muito usados em equipes de som ou conjuntos musicais. Esse aparelhos não são preparados para trabalhar em locais onde há muita rádio frequência podendo receber interferência do próprio transmissor. Parece coisa simples mas essa "porcaria" compromete a competência dos bons técnicos. Em alguns casos, utilizam fios comuns ao invés de fios blindados causando ruídos na modulação piorando muito mais os problemas.
Outro grande problema é a utilização do conector fêmea preso diretamente na lataria do rádio unindo 2 tipos de terras diferentes. Ao aumentar o volume do dinamike, aparece um forte apito na modulação. Alguns donos de transceptores com essas ligações, sabem desses problemas mas preferem deixar assim mesmo.

ROGER BIP (BIP):Alguns modelos de rádio vem de fábrica com o "roger beep" que é um tipo de beep (sinal sonoro) ao final da modulação. Ótimo para os operadores distantes perceberem que o câmbio foi terminado principalmente nas modulações em SSB (USB e LSB). Mas não é aconselhável colocar roger beep em transceptores que não possuem isso de fábrica porque envolve comutações, consumos de reguladores e estalos indesejáveis ao "soltar o ptt". Imagine ter que consertar um problema isolado em um transceptor sabendo da existência dessas pequenas instalações perigosas que podem causar danos ainda maiores sem poder fazer nada porque seus donos preferem deixar assim.

CHAVEAMENTOS DE CANAIS:Atualmente, os transceptores possuem um integrado sintetizador de frequencias que todos chamam de PLL. Este integrado é o responsável pelo número de canais que o transceptor possui de fábrica. Antes a quantidade padrão era 40 canais mas muitos transceptores atuais vem de fábrica com 120 canais, 271 canais, 400 canais etc...e quase todos estes integrados podem ainda ter mais canais com o uso de chaves separadas geralmente colocadas na traseira ou abaixo da tampa ligadas ao integrado. Isso se chama chucrutamento.
Acontece que serviços mal feitos nesse sentido como não filtrar os pinos usados no PLL, colocar as chaves muito próximo ao tanque de saída de RF, fazer o PLL sintetizar mais canais que os osciladores locais (VCO) podem suportar, não refazer as sintonias das bobinas (porque agora o rádio tem mais canais e precisa funcionar bem neles), não fornecer a tabela etc... me obriga a reformular o chaveamento, corrigir esses erros e criar uma tabela adequada o que me faz perder mais tempo além da manutenção normal.

O FIO DO MICROFONE:
O fio espiralado do microfone é composto de fios comuns e um especialmente blindado pela malha para transportar o sinal sensível da cápsula até o transceptor. É bem normal ao longo dos anos, este fio perder a sua flexibilidade e começar a apresentar quebras na base do conector e caixa do PTT obrigando a re-solda do mesmo. Mas esse tipo de trabalho, exige um pouco de conhecimento no manuseio da solda principalmente no conector que não pode ser exagerado para não encostar no corpo de metal e curto para que fiquem bem fixos na sua traseira. Por questão de segurança e aparência, no interior da caixa, há uma peça de metal em forma da letra "E" que segura o fio para não girar na base do microfone, uma borracha na saída do fio, dá uma aparência mais profissional e o fio começa no modo reto uns 8 centímetros antes de começar as espiras para melhor manuseio da tecla (PTT).
Ao receber o transceptor para conserto, além do defeito reportado pelo cliente, verifico que o conector está mal soldado, o espiralado do fio começando já na base do PTT, sumiu a letra "E" juntamente com a argola de borracha e  principalmente o uso do fio especial como função diferente do transporte do sinal da cápsula. Isso causa ronqueiras na modulação principalmente quando o fio fica perto de outros objetos. Geralmente a "turma" reporta que a fonte está com defeito.

PARAFUSOS:Um dos maiores problemas que o técnico enfrenta, é o sumiço dos parafusos ou vários diferentes para fechar as tampas. Na lateral de alumínio, os fabricantes usam um tipo de suporte especialmente projetado para segurar a rosca dos parafusos evitando que estes se fixem diretamente no alumínio. O sumiço ou quebra dessas pequenas peças, impedem que um parafuso adequado e original fique fixado ali. Por este motivo, a pessoa que está mexendo no transceptor, é obrigado a colocarem parafusos muito maiores e diferentes um dos outros causando uma imagem horrível na aparência dos rádio.
Eu tenho estas peças pra reposição mas imaginem o tempo usado para trocá-las e colocar de volta os desaparecidos parafusos originais.

LÂMPADAS:
As lâmpadas usadas para iluminar o s/meter, não devem ter tamanho superior as que são usadas para iluminar os painéis dos antigos toca-fitas. Estas possuem bulbos muito pequenos e são colocados no interior do s/meter junto com um suporte especial feito de plástico que evita o toque direto da lâmpada ao corpo de plástico do s/meter. Quando estas lâmpadas queimam, o correto é conseguir outra de igual tamanho e voltagem e fazer a troca.
Mas não é sempre isso o que acontece. Na maioria dessas situações, a lâmpada substituída é sempre muito maior cujo o aquecimento é muito superior a que estava antes. Geralmente são usadas uns modelos que iluminam painéis de carros e para "entrar" no espaço reservado do s/meter, é omitido a peça de borracha causando assim um toque direto desta lâmpada  ao corpo do v.u causando sua destruição 30 dias depois. O sintoma inicial é o ponteiro preso quando o rádio é ligado mas que se solta alguns minutos depois voltando a funcionar como se estivesse tudo bem. Neste ponto, o s/meter ainda tem conserto mas se nada for feito, a destruição é inevitável.

AUTO-FALANTE:
Quase todos os transceptores usados em casa, são projetados para funcionarem em veículos onde uma fonte de alimentação externa, substitui a bateria do carro, Mesmo tendo um plug para auto-falante externo, o fabricante coloca também um auto-falante interno que por estar dentro do rádio, o ímã deste fica muito próximo das bobinas mas seu magnetismo não pode "atacar" as bobinas. Por isso estes autos-falantes possuem em seus imas, uma camada especial feito de um metal que impede quase totalmente a passagem do magnetismo para o lado externo evitando assim que o receptor e transmissor, perca suas funcionalidades. Para trocar este componente, o mesmo deverá ser igual ao anterior mas por falta de conhecimento neste pequeno detalhe, estão colocando auto-falantes de igual tamanho e até aparência imãs do tipo que usa imã largo que tem alta concentração magnética externa.
Muitas vezes eu demonstrei aos clientes o que acontece quando a tampa é levemente fechada estando o receptor ligado. O som vai diminuindo como se estivesse fechando o ganho de RF (ganho do receptor).

BOBINAS:
Este é o maior problema que me impede de efetuar um conserto rápido. Em quase a totalidade dos transceptores que recebo, as bobinas estão fora da calibragem correta. Quem se aventura a mexer nelas, deve ter o total conhecimento sobre a suas atuações no rádio. São tantos macetes que em muitos casos o ajuste engana pois quem está mexendo geralmente se baseia somente no aumento do som e nada mais.
Calibrar bobinas exige muito conhecimento técnico e equipamentos específicos como gerador de frequenciasfrequencímetro etc... Em certos casos é possível calibrar sem ter estes aparelhos mas o conhecimento sobre elas é fundamental porque muitas delas parecem não fazer nenhum efeito. São as que controlam níveis de frequencias fundamentais conhecidas como"master" (osciladores centrais que alimentam pontos importantes que serão usadas em sintetizadores) na qual o integrado PLL (que eu chamo de ser o cérebro do rádio), o receptor e transmissor, depende para trabalhar com intensidade e precisão necessária. Um erro de intensidade do "master", provoca perda de ganho em vários pontos do transceptor e principalmente em SSB (banda lateral) causando as famosas "choradeiras".
Existem bobinas que só podem ser calibradas em conjunto com outras pois ambas fazem o receptor e transmissor terem maior autonomia de ganho. Um erro nelas, faz o rádio funcionar bem somente na área de frequencia que foi ajustada e muito mal ou quase nada nas frequencias mais distantes (acima e abaixo). Isso se faz pensar que a culpa está na antena como se a ROE estivesse muito alta.
Imagine eu receber um rádio e o dono dizer que "-só mexi nesta bobina". Em casos como este, me obriga e verificar TODAS as bobinas para não ter que receber reclamações posteriores.
Outro grande problema, são os desajustes dos resistores vaiáveis fixos (trimpots) que causam um grande transtorno no s/meter, squelch, amc, alc e principalmente os controles de repouso que são muito importante capaz causar a queima constante dos transistores de saída.

Cuidados com o cobra 148

Para um bom técnico em eletrônica, não basta apenas localizar e substituir o componente que parou de funcionar e restaurar o aparelho mas também conhecer e identificar os muitos pequenos problemas que muitos rádios passam a ter ao longo de seu uso e corrigi-los o mais rápido possível pois podem se agravarem mais tarde. Mesmo que não prejudicam o seu funcionamento essencial agora, em um futuro bem próximo, serão muitos sintomas que faz o usuário enjoar e desligar o rádio sem saber o verdadeiro motivo que o incomoda procurando outra diversão.
O propósito aqui é identificar esses pequenos problemas e saber se você mesmo pode corrigi-los pois quase todos são coisas simples que nem precisa de técnico para resolver. Mas nem todos e nesse caso, somente um especialista em eletrônica estará qualificado para resolver o defeito.

O que acontece.

O que ocorre.

Ao ligar o rádio, ponteiro do s/meter parece estar preso. Movimenta-se com dificuldades e precisa de leves "tapinhas" pra repousar (voltar ao início) mas depois de algum tempo de funcionamento, parece que o defeito some e o s/meter volta a funcionar normalmente.Esse é o primeiros sintoma da destruição do s/meter. Provavelmente motivado por uma lâmpada interna mal colocada. Pode ser facilmente consertado se detectado no início mas esse trabalho é minucioso e somente o técnico com ferramentas apropriada, pode fazer isso.A modulação está falhando. As vezes, um "cambio" inteiro não foi ouvido e até reclamam de que isso possa ser alguém tentando interferir.Verifique se o fio do microfone está quebrado na base ou no conector. Corte, faça as pontas, faça o estanho e depois solde. Cuidado para não perder os pequenos acessórios de conector ou ptt. Se o problema for a cápsula ou a chave de comutação, então somente um técnico pode resolver.Quando o volume do rádio está alto, ouve-se bem com com boa qualidade de áudio. Mas quando o volume está mais baixo, parece que o papel do alto-falante está rasgado e o áudio fica fanhoso.Os atuais alto-falantes  dos rádios Alan, Voyage, Galaxie, Cobra EX e os Cobra 148 gtl feito na Malásia, não possuem a qualidade que se espera. Eles tem essa "mania" que é um erro no cone central. O jeito é substituir por qualquer um que caiba dentro do rádio e não é muito importante a impedância da bobina mas MUITA atenção no tipo do ima que deve ser igual ao original e NUNCA use os que possuem imã grande pois atacam as bobinas no interior do rádio.Queimou a lâmpada do s/meter (VU).Na parte desta página que se refere a "Cuide bem do seu rádio", relata sobre a colocação da lâmpada dentro de s/meter (vu). Leia o texto com atenção e saiba que trocar uma lâmpada é muito mais importante do que parece. Tendo o conhecimento necessário, você preservará o s/meter por muito mais tempo.O ponteiro do S/Meter marca quase a mesma coisa quando falo em AM ou Banda Lateral.Todos sabem que a potência de transmissão em Banda Lateral é superior ao do AM. Neste caso o ponteiro do S/Meter deveria marcar maior intensidade quando transmitindo em Banda Lateral. Isso ocorre porque em há um circuito que elimina o modulador do AM e polarizando diretamente os transistores de transmissão. Um defeito neste circuito faz a potência da Banda Lateral ficar igual ao modo AM.Faz muito ruído no som quando se movimenta certos botões do rádio.Para lubrificar os botões do seu rádio, você pode usar produtos de limpeza numa quantidade amena sem prejuízo nenhum. Use o canudinho que vem com o produto pra direcionar melhor o jato do spray. Evite que o produto atinja bobinas ou partes mais sensíveis como s/meter ou lugares que o fabricante protege com parafina especial. NUNCA use vela comum pra lacrar bobinas pois a parafina usada é muito grossa e pode destruir o finíssimo enrolamento de cobre da bobina.Os pinos da tomada de força traseira do rádio "entraram" para dentro do rádio ao tentar colocar o conector da força que vem da fonte.As tomadas de força embutidas na traseira  dos atuais rádios Alan, Voyage, Galaxie, Cobra EX e os Cobra 148 gtl feito na Malásia, não possuem a qualidade que se espera e se quebram com facilidade (bem diferente dos conectores antigos que estão bons até os dias de hoje). As vezes a perda é total e fica muito difícil arrumar outra mas se "ainda" está "só" afundando, recomenda-se a usar a cola ARALDITE modelo lento e colar a parte traseira do conector antes que seja tarde demais para recuperar essa peça.As porca de algum botão (ou botões) do rádio, do redutor do conector da antena ou do conector do ptt está frouxa.É estritamente aconselhável que esse problema seja imediatamente resolvido pois os fios ligados a esse botão ou conector, movimenta-se junto com o seu manuseio e certamente um (ou mais) fio irá se soltar causando algum problema de funcionamento. Esse fio pode encostar em outros lugares e pode ser muito pior. Retire as tampas com cuidado, retire os parafusos laterais que seguram o painel prateado e aperte com certo cuidado as porcas de todos os botões e se já houver algum fio solto, somente um técnico qualificado poderá resolver isso.O Alto-falante funciona normalmente mas quando se coloca o plugg para a caixa externa ou fones, ocorre falhas no som de acordo com o movimento do plugg já conectado.Certamente existe solda quebrada nos terminais da fêmea que fica na traseira do rádio. Isso ocorre muito em todas as marcas de rádios PX e corrigir isso é muito fácil. Basta abrir somente a tampa superior e re-soldar esses terminais com cuidado pois as soldas da força que vem diretamente da fonte, geralmente fica bem próximo dos terminais desse plugg.Desligue a fonte (ou bateria) antes de soldar.Ao colocar o conector da antena, o rádio fica mudo ou capita poucas estações mas se desatarraxa o negativo do conector deixando apenas o "pino" positivo, o receptor parece ficar normal captando até estações distantes.Este é um defeito muito grave mas não está no rádio e sim na antena que pode estar desligada ou em curto. Também pode ser um curto no conector proveniente de uma instalação mal feita. Nessa situação, o cabo da antena sem o terra (negativo do conector) passa a ser apenas um grande fio comum sem aterramento captando pelo cabo o que o receptor puder mas nem existe antena ou linha correta. É extremamente perigoso continuar transmitindo nessa situação podendo acarretar os mais diversos problemas abordados nessa página. Refaça as ligações ou verifique as condições do conector até a antena ou se  o cabo está em curto (maus vizinhos costumam colocar alfinetes no cabo). Verifique a própria antena se esta está montada corretamente ou se não nada em curto.A sintonia das pessoas modulando em LSB ou USB, nunca está no meio. Está fora da posição central e somente fica bom quando o botão está muito virado pra um dos lados.Parece ser um problema de calibragem central do rádio sintonia e esse tipo de defeito requer muita atenção de um técnico. Mas também pode ser um simples caso de botão (knob) colocado fora da posição central!. Para saber se é isso, basta movimentar o botão da sintonia para os 2 lados até o final verificando pelo indicador se o início e o fim estão certos. Estando errado, basta retirá-lo e re-colocar agora na posição certa. Existe pessoas que apresentam um grave problema de audição interpretando de forma diferente, as frequencias dos sons que ouve. Neste caso, o "queixo" do rádio que esta pessoa vai usar, tem que estar no modo "duro".

Sem motivo nenhum, apareceu um ruído de fonte na minha modulação. Mesmo trocando as fontes ou modulando usando apenas a bateria, esse ruído persiste e muda de intensidade as vezes.

Esse é um simples defeito muito comum nos rádios que possuem cápsula de eletreto no microfone. Esses cápsulas costumam perder o contato com o corpo de metal causando esse ruído por falta de blindagem que mais parece vir da fonte. Para identificar isso, basta transmitir colocando e retirando a mão na lataria do rádio com outra pessoa ouvindo a sua modulação. Fazendo isso, o ruído aumenta comprovando o problema. A única solução nesse caso é abrir o microfone e pressionar as bordas da cápsula de eletreto com uma chave de fenda na intenção de refazer o contato com o corpo de metal. Mas esse procedimento é de certa forma delicado portanto se você acha difícil fazer, peça ajuda a uma pessoa mais qualificada.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

História do radioamador

É possível afirmar que o radioamadorismo começou juntamente com as primeiras emissões de rádio no final do Século XIX. Como ainda não existiam fábricas de rádios até então, mas a curiosidade na comunicação à distância era crescente, diversas pessoas começaram a montar seus próprios equipamentos e antenas de forma caseira a título de experimentos e deu-se então o início desse hobby que se tornou conhecido mundialmente.

Em 2 de janeiro de 1909 nasce nos Estados Unidos o Junior Wireless Club [1] , considerado o primeiro "rádio clube" mundial (que depois foi renomeado para Radio Club of America), a aglutinar os interessados na atividade radioamadorística. [2] Com o crescimento de atividades nas frequências de rádio, o senado norte-americano publica em 13 de agosto de 1912 o Radio Act[3] a primeira lei que regulamenta as comunicações de rádio no país. Nesta lei, além da regulamentação das comunicações de rádio, também são minimamente regulamentadas as estações experimentais, concedendo licenças provisórias para estações engajadas na condução de experimentos para o desenvolvimento da ciência da rádio comunicação. No mesmo ano, Irving Vermilya, 1ZE, torna-se o primeiro radioamador licenciado nos Estados Unidos.[2]

Na mesma época o radioamadorismo nascia no Brasil, sendo Lívio Moreira, SB-3IG (e depois BZ-1M) reconhecido no mesmo ano como o primeiro radioamador brasileiro. [4] No rastro dele, começam a surgir diversos radioamadores pelos estados de São Paulo,Rio de JaneiroRio Grande do SulMinas GeraisPernambuco e Pará.

Até 1924 o radioamadorismo no Brasil não era regulamentado pelo governo, fato que ocorreu em 5 de novembro de 1924 quando foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto 16.657 que approva o regulamento dos serviços de radiotelegraphia e radio telephonia [5] e somente revogado em 15 de fevereiro de 1991. [6] A data de 5 de novembro foi escolhida para a comemoração do Dia do Radioamador pela LABRE em gratidão ao decreto que regulamentou o radioamadorismo no Brasil.

Radioamadorismo

radioamadorismo, ou Serviço de Amador é um hobby praticado em quase todos os países do mundo por pessoas habilitadas e licenciadas por autoridades, para a intercomunicação e estudos técnicos sem motivo de lucro. Assim como outros hobbies, o radioamadorismo possui legislação nacional e internacional que regulamenta as condições de uso e as frequências de rádio destinadas à atividade, e que obrigatoriamente deve ser seguida pelos seus praticantes, chamados de radioamadores. O Radioamadorismo não deve ser confundido com o Serviço Rádio do Cidadão (conhecido como PX no Brasil) ou Serviço Limitado Privado (exercido nos comunicados via rádio por categorias profissionais como motoristas, taxistas, caminhoneiros, etc).