terça-feira, 22 de setembro de 2015

Curiosidades

Curiosidades
Frequência : Determina o tamanho da bobina ou dos seus
elementos, que dependerá da frequência que ela trabalhará
(diz-se estar em corte). Cada antena construída, precisa estar
na frequência desejada para um melhor rendimento e sem
riscos de danos posteriores no transmissor.
Impedância : Para cada tipo de antena, existe um tipo de
impedância. Antenas de televisão, são fabricados com
impedâncias de 75 e 300 ohms. Para os Radio Amadores, as
antenas são fabricadas geralmente com impedância de 50
ohms, alguns tipos de antenas, necessita de linha de
transmissão (o cabo ) em 75 ohms.
Direção : Determina uma direção da transmissão e recepção
desejada ou específica eliminando as áreas indesejáveis.
Antenas construídas com direção determinada, são chamadas
de antenas direcionais e podem ser horizontal ou
verticaldependendo da sua frequência de corte e preferências
de uso. Antenas diretivas, são muito usadas geralmente para
armar repetidoras quando se está a grandes distâncias, fazer
contatos familiares e DX ( contatos interestaduais ou para
outros países ).
Polarização : As estações de rádio em comunicação devem
possuir as suas antenas fixadas na mesma polarização pois é
muito difícil haver um bom contato entre estações que usam
antenas com polarizações diferentes. Dependendo do tipo de
uso do transceptor e da frequência usada, a antena pode estar
na posição vertical ou horizontal. Em frequências baixas,
pode-se aproveitar as propagações da ionosfera para contatos
interestaduais ou até internacionais e nesse caso as antenas
deverão estar no sentido horizontal pois as ondas de rádio que
conseguem trafegar e refletir na ionosfera, estarão apenas
nessa polarização. Em outros casos quando a frequência
usada é muito alta (acima de 70 mhz), faz se necessário o uso
de antenas na posição vertical para contatos locais entre várias
estações ou para "armar" uma repetidora distante pois a
propagação na ionosfera é muito fraca ou não existe e a
ausência dos ruídos das baixas frequências estimula a
construção de estações repetidoras em morros altos. Antenas
parabólicas, também usam no seu alimentador, polarizações
verticais e horizontais. As antenas cúbica de quadro
(conhecidas como quadra cúbica) são consideradas como as
melhores da atualidade, principalmente porque elas possuem
altos ganhos e capacidade de dupla polarização ao mesmo
tempo.
R.O.E : Relação de ondas estacionárias, é a quantidade de rf
que retorna da antena e fica estacionado no transmissor. Isso
acontece quando a antena está mal sintonizada, está muito
baixa, próximo de obstáculos, fora da impedância ou apresenta
algum erro de montagem. Quanto maior o desajuste ou seu
erro, maior será o retorno e as possibilidades de queima do
transistor principal do transmissor. Um medidor de R.O.E deve
ser usado para que se possa detectar esse erro possibilitando
o ajuste correto da antena na frequência ou seu conserto
obtendo assim um R.O.E 1:1,1 (diz-se 1 por1). É muito
importante saber que um medidor de R.O.E é um pequeno
aparelho que somente mede as relações de retorno da antena e
não um aparelho que conserta isso. Se for constatado uma
antena com muito retorno, significa que alguém terá que ir até
ela e corrigir os erros.
Propagação :
Para a alegria dos aficionados em rádio, existe na natureza, um
elemento que envolve nosso planeta responsável pela reflexão
de certas frequências de rádio funcionando como um satélite
natural permitindo que as emissões de rádio, alcançam
distancias intercontinentais. Aionosfera é a terceira camada
acima do solo terrestre entre 80 a 400 km formada de diversos
elementos ionizados enriquecidos pelas atividades solares com
variações a cada hora do dia que determina o que chamamos
de propagação. Graças a ela, é possível fazer contato com o
Brasil e algumas partes do mundo. A ionosfera, pode refletir
com eficiência, frequências que vão de alguns khz até 70 mhz,
mas dependendo de certas condições raras ocorre reflexões
eficientes de até 100 mhz.
Modulação :
Muita confusão é feita por causa do que se diz hoje em dia com
relação a tipos de modulação e frequências. Quando se diz FM,
logo se pensa em um rádio que toca músicas em estéreo e o
mesmo com o AM que logo se faz pensar em radinho de pilha
para ouvir futebol, notícias etc... .
FM e AM na realidade são 2 tipos de modulação de portadora
bem diferentes um do outro e pouco tem a ver com as
frequências que elas modulam, mas há certas preferências com
relação a modulação x frequências que acabou por causar essa
confusão como usar AM (amplitude modulada) geralmente em
frquências baixas e FM (frequência modulada) em freqûencias
altas. Mas isso não quer dizer não é possível usar modulação
em AM em transmissores de frequências altas e vice-versa. Os
exemplos estão nos rádios de aviação que operam entre 110 a
136 mhz modulando em AM e a faixa do Cidadão (PX)
possuindo rádios que operam em 27 mhz e modulam também
em FM.
Aquele rádio que toca músicas em estéreo, é na realidade um
rádio de VHF porque as emissoras que ele sintoniza,
transmitem entre 88 a 108 mhz (faixa do vhf ) e o radinho de
pilha que ouve futebol e notícias, é um rádio LF porque as
emissoras que ele recebe, estão nas frequências de 640 khz a
1.6 mhz (faixa do LF).
A tabela abaixo mostra as preferências de modulação em
relação as frequencias de operação mas isso não quer dizer
que deve ser exatamente assim. É possível que alguns
transceptores que operam acima de 300 mhz, possa estar
modulando em AM e transceptores operando abaixo de 3 mhz,
modulando em FM.
Casador de impedância :
Quando a impedância da antena não casa com a impedância do
cabo, evidentemente a antena não responderá corretamente ao
sistema oferecendo muitas perdas a cada metro do cabo e uma
estacionária (R.O.E) muito acima do aceitável colocando o
transceptor em risco de algum problema futuro. A solução
correta para esses casos é a manutenção da antena e calcular
o tamanho do cabo para que este tenha a menor perda possível
a cada metro. Só que existe alguns casos que impede qualquer
tipo de manutenção como o tempo muito ruim, altura arriscada,
possuir um rádio de muitas frequâncias sendo inviável o uso
de uma única antena ou usar amplificadores lineares (botinas)
sem ajuste na entrada. Nesses casos, uma alternativa é usar
um pequeno aparelho de montagem simples e que não
necessita de energia de uma fonte de voltagens para funcionar
corrigindo os problemas de casamento errado entre o cabo e a
antena conhecido como casador de impedâncias que é capaz de
ajustar no caminho do cabo as diferenças de impedâncias com
a antena protegendo o rádio de uma possível queima de
transmissão. Com ele é possível ter um rádio de muitas
frequências e praticamente um sistema irradiante ajustada para
todos os canais do rádio sem se preocupar com R.O.E alto,
ajustar a impedância de entrada dos lineares, usar antenas
provisórias e muitos outros usos. Mas ele não é a solução
perfeita de uma estação de radioamador pois se uma antena
apresenta R.O.E alta, ela não esta cortada na frequência certa
ou tem algum erro sério, isso significa que a antena está
apresentando muitas perdas de ganho efetivo e mesmo usando
um casador de impedâncias e ajustando a R.O.E, essas perdas
não serão corrigidas mesmo com os medidores indicando
baixa estacionária, na realidade a antena continua errada e o
problema deve ser corrigida nela.
Ondas curtas :
Na realidade, as antigas ondas curtas captadas pelos rádios de
várias faixas de ondas e RadioAmadores LF, são hoje em dia
ondas bem compridas. São frequências entre 1800 khz a 21
mhz cobrindo ondas de 180 metros a 15 metros (essa largura é
aproximada e depende da banda de captação de cada modelo e
marca de rádio) Se comparados ao tamanho da onda dos
rádios 0,chamados MW que sintonizam entre 560 khz a 1600
khz cobrindo as ondas de 470 a 180 metros, são realmente bem
curtas. Mas hoje sabemos que o tamanho das ondas nas
frequências de RadioAmador na faixa do VHF em 144 mhz,
atinge a casa dos 2 metros, a faixa de UHF em 440 mhz chega a
centímetros. As frequências dos satélites estão em torno de
12000 mhz ( 12 ghz ) e as Microondas então ? Só vendo no
microscópio.
O cabo :
Muito se pergunta sobre o cabo da estação a ser usado como o
seu tamanho e melhor tipo. Inicialmente o cabo deve ser o de
melhor qualidade e seu tamanho deve ser o menor possível
mas existem cálculos que respeitam a cada tipo de cabo para
que usando um tamanho correto, ocorra a menor perda
possível por metro usado. Quando a quantidade do cabo
consegue interferir em uma indicação de R.O.E, significa que a
antena também está fora da sintonia ou de impedância e o cabo
influi nesse erro podendo até ser corrigido ajustando seu
tamanho (cortando o cabo para ajustar R.O.E) mas somente a
antena é responsável pelas frequências e o cabo é apenas a
linha de transmissão que geralmente é o mesmo para vários
tipos de antenas nas mais variadas frequências. Isso significa
que quando o seletor de canais é movimentado, somente a
antena percebe a troca da frequência e o cabo não. O resultado
disso é a antena sintonizada com R.O.E baixo em uma escala
muito curta de frequências (menos canais).
Para obter o melhor rendimento em uma estação e
consequentemente um R.O.E baixo em um número maior de
canais, vai abaixo os cálculos a ser usado para cada tipo
específico de cabo.
Antenas móveis :
Depois de comprar uma antena móvel, na realidade foi
comprada apenas uma parte da tão esperada estação móvel. A
outra parte é o próprio carro. Quero dizer que essas antenas
precisam da lataria do carro para funcionar. Ao efetuar a
colocação de uma antena móvel, esta inevitavelmente deverá
estar em contato diretamente com a lataria do carro junto ao
elemento negativo que veio com a antena (parafusos de
fixação) e nunca usar fios ou cabos para esse tipo de contato.
Alguns carros possuem estrutura em fibras de vidro que
impossibilitam o uso dessas antenas. Outros carros possuem
lataria em demasia (carros grandes) obrigando a uma pequena
redução da vareta. As antenas "maria-mole", geralmente é
presa no "pára-choque" a qual metade dela faz paralelo com a
traseira do carro destruindo sua forma de funcionamento.
É totalmente errado prender antenas móveis em grades de
janelas, torneiras de água, geladeiras etc... O uso dessas
antenas em estações base, é possível mas deverá ser feito um
"plano de terra" para elas (construir uma base de metal com 3
ou 4 elementos de 2m,70 cm cada).
Antena fantasma ou Carga fantasma simples:
Essa montagem estranha descrita no esquema abaixo,
funciona como uma antena comum com ROE 1:1 em qualquer
frequência possibilitando qualquer tipo de teste a
transmissores ou botinas sem causar interferências em
qualquer aparelho mesmo muito próximo. Consiste em uma
lata razoavelmente grande (lata de leite em pó) com um único
conector fêmea para antenas de transmissão instalada em um
dos lados e contendo em seu interior alguns resistores de
carvão de 2 watts cada ligados em paralelo e muita areia para
dissipar o calor. O conjunto depois de montado, passa a ter a
capacidade de suportar RF até 500 watts.
É muito importante lembrar que os resistores de fio não podem
ser usados nessa montagem, daí o uso de resistores de
apenas 2 watts que são de carvão ou de outro material.
Essa carga fantasma já pronta, também pode ser facilmente
encontrados nas lojas de antenas para o Rádio-Amador mas
sua montagem é tão simples que fica melhor ter o prazer de
montar um quase sem gastar nada.
TVI (TV interferência) :
Um dos assuntos mais complicados e de grandes
aborrecimentos que envolve o RadioAmador é sem dúvida
nenhuma o que chamamos de TVI ( interferências em algum
aparelho eletrônico provocado pelo transmissor ). Embora um
receptor de TV possua muita sensibilidade capaz de captar
sinais de transmissores próximos, os aparelhos de TV da
atualidade, vem de fábrica com filtros capazes de impedir a
entrada de outras frequências que não sejam as que o aparelho
está projetado para captar e portanto quando a interferência
acontece, significa que a coisa está séria e aquele "filtrinho"
colocado na antena do receptor certamente não vai resolver o
problema pois a RF que está "vazando" do transmissor até a
casa da "vítima", possui intensidade suficiente para que isso
seja levado bem a sério. A antena do Radio Amador com R.O.E
1:1, elimina apenas um dos muitos motivos que causam as
interferências e portanto essa antena não está livre de poder
ser a grande culpada de tudo.
Um dos fatores que mais provoca o TVI é a geografia do local
onde uma ou ambas das partes está localizado possuindo
muito próximo um morro alto, uma casa com telhado de zinco,
muitos fios elétricos de alta tensão um prédio etc.. que
contribuem com uma fortíssima reflexão interferindo até
mesmo em telefones, rádios, decodificadores de satélites etc...
ou até mesmo em geladeiras, liquidificadores, chuveiros
elétrico e outros aparelhos.
A solução exata para resolver esse problema, pode não estar
na manutenção das antenas da TV, na antena do transceptor
colocando-o com estacionária baixa ou resolvendo os
problemas de casos isolados como o som, telefones, rádios
etc... e sim na eliminação total da "carga" de RF que a estação
do RadioAmador está injetando na casa do interferido e para
eliminar essa carga, devemos :
Trocar o tipo de antena: Isso não quer dizer que a antena usada
é um tipo que provoca interferências mas um tipo que não pode
ser instalada naquele local. Convém lembrar que essa antena
pode ser a solução de um outro local. As vezes uma simples
troca de localização da antena no telhado, pode ser a solução
definitiva do problema.
Levantar mais alto a antena: Uma antena tem seu
funcionamento mais acentuado quando ela está instalada em
local alto. Isso impede também dessa antena refletir em
obstáculos próximos.
Usar cabos de qualidade: Os cabos grossos e os celulares, são
perfeitos nesses casos mas existem muitos tipos de cabos
comuns que possuem blindagem acirradas e são de boa
qualidade.
Fica claro que é necessário a colocação de filtros na antena do
transceptor para barrar os harmônicos da frequência central
mas a finalidade principal é demonstrar que se está fazendo
algo para resolver o problema. As vezes colocando certos
filtros baratos como os vendidos em ambulantes (camelôs) é
uma solução simples que pode resolver de vez o problema,
mas sempre é bom prestar atenção nas dores de cabeça que
essa simples ou outras interferências pode trazer
principalmente se o interferido ser um tipo de pessoa que sofre
de problemas psicológicos necessitando um contato pessoal o
mais pacífico possível mesmo que isso seja difícil de se fazer.
Escrito por Antônio do Méier.