quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Repetidoras

Repetidoras

O que é Repetidora?    
Para que serve?  
Como funciona?

Repetidora é um conjunto de equipamentos, normalmente instalados em locais de altitude elevados, e que tem a capacidade de receber um sinal e retransmiti-lo ao mesmo tempo, em duas frequências diferentes. A diferença entre as duas frequencias (de recepção e de transmissão) é conhecida como offset (ou shift) e é estabelecida por regulamento específico da ANATEL. No Brasil usamos em VHF um offset de 600KHz e em UHF um offset de 5MHz.

Considere como exemplo uma repetidora operando em UHF, que tenha como frequencia de descida (a que nós recebemos) 434,550 MHz. Usando o offset previsto na norma teremos uma frequencia de subida (quando nós transmitimos) de 439,550MHz. A imagem abaixo mostra o funcionamento desta repetidora.

E qual a sua utilidade?

Como as repetidoras estão posicionadas em locais bem elevados e operam com bastante potência, isto faz com que eles tenham uma área de cobertura bem maior do que as estações localizadas “nos solo”. Assim, com o uso de repetidoras podemos estabelecer contatos com estações mais distantes do que se usarmos uma comunicação direta.

Outra utilidade é que com a repetidora os obstáculos naturais em comunicações VHF/UHF, que são as grande elevações, podem ser facilmente superados. veja a imagem abaixo para ter uma idéia disto.

E como funciona? 

Dissemos antes que a repetidora é “um conjunto de equipamentos”. E este conjunto é composto (simplificadamente) por um receptor, um transmissor, uma antena, um circuito de controle (ou placa controladora, como é mais conhecida) e um duplexador.

O receptor é o rádio que vai receber nosso sinal.O transmissor vai pegar nosso sinal e transmiti-lo na frequência adequada.O circuito de controle é usado para controlar as tarefas (timers, bips, identificação, liga desliga remoto, etc).E finalmente o duplexador que possibilita que o receptor e o transmissor possam compartilhar uma única antena simultaneamente. O diagrama abaixo ilustra isto.
Alguns rádios (quase todos) tem uma função bem interessante que é o Modo Reverso. Ao pressionar uma tecla nós, momentaneamente, invertemos a programação das frequências de subida e de descida em nosso rádio. Assim, ao escutarmos uma trsnsmissão, não mais escutamos “via repetidora” e sim diretamente do outro radioamador.
Esta função é interessante em dois casos: primeiro por que se eu posso ter contato direto com o outro radioamador, pode ser interessante que ambas estações mudem para uma frequência simplex (direta) e deixem a repetidora livre para quem não tem esta possibilidade. Em segundo lugar, se a minha recepção está muito ruidosa e eu tenho contato direto com o outro radioamador, ao acionar esta função, posso facilmente identificar se o problema é do rádio do colega ou da repetidora.
Algumas repetidoras tem ainda em sua configuração o Subtom (CTCSS), que é um tom inaudível transmitido junto com o áudio da estação que deseja usar o repetidor. Se o subtom transmitido for aquele que a repetidora tem configurado, o sinal é por ela transmitido.
Se a estação não estiver usando o subtom correto ou não estiver com o subtom configurado ela não conseguirá acionar a repetidora, ou seja, a repetidora não transmitirá o áudio recebido.
A vantagem no uso dos subtom é no caso de a repetidora estar instalada em um local com muitas emissões de RF, que pderiam interferir umas nas outras.

 

Mas… quem mantem as repetidoras? E eu posso usar qualquer repetidora?

As repetidora são mantidas pelos Clubes, Associações de Radioamadores, a LABRE, ou mesmo alguns abnegados radioamadores. Por força da legislação cada repetidora tem que ter como responsável um radioamador classe A.

Ainda por força da legislação, todas as repetidoras instaladas no Brasil tem seu uso PÚBLICO e ABERTO a todos.


Normalmente as repetidoras estão localizadas em topos de montanhas ou em outros locais elevados e operam com uma potência de saída maior do que de uma estação portátil ou móvel. Essa combinação de elevação e alta potência irradiada geralmente resulta em comunicações sobre distâncias consideráveis comparadas com comunicação simplex (diretas, sem uso de repetidoras).

Subtom (CTCSS)

Subtom ou CTCSS (Continuous Tone Coded Squelch System) é um sistema de codificação muito usado nas repetidoras atualmente. Trata-se de um tom inaudível transmitido junto com o áudio da estação que deseja usar o repetidor. Se esse subtom transmitido for o mesmo que a repetidora espera receber, a repetidora é acionada e repete o sinal. Caso a estação não esteja usando o mesmo subtom ou esteja sem subtom, ela não conseguirá acionar a repetidora. A grande vantagem de se usar o subtom é no caso da repetidora estar num local poluído de RF, com isso previne-se que ela seja acionada por interferências. Houve um tempo em que repetidora com subtom era sinônimo de repetidora fechada, mas como hoje em dia praticamente todos os rádios vem com subtom instalado, usar subtom por esse motivo não é efetivo.

Quem as mantém ?

Normalmente uma repetidora é mantida por uma associação de radioamadores, pois é exigência da Anatel (órgão que regulamenta as telecomunicações no Brasil) que seja desse modo. Também é comum que no inicio da criação de uma repetidora seja apenas um grupo de radioamadores os responsáveis, mas no fim sempre acaba tendo que ter o respaldo de uma associação. Os radioamadores que cuidam da manutenção de uma repetidora são conhecidos como mantenedores.

Diagrama básico

Um diagrama básico para uma estação repetidora é apresentado na figura abaixo. Com um receptor para receber o sinal de entrada, uma placa controladora para controlar as tarefas (timers, bips, identificação, liga desliga remoto, etc), um transmissor para transmitir o sinal e um duplexador para compartilhar uma única antena para o receptor e transmissor, temos o diagrama completo.


ESCOLHENDO UM RECEPTOR


Agora é a vez de falarmos um pouco sobre qual receptor usar em nossa repetidora. Escolher um bom receptor pode fazer uma diferença muito grande no desempenho de uma repetidora, então vamos tentar conseguir o melhor que estiver ao nosso alcance.

Já de início vamos descartar a possibilidade de usarmos um HT como receptor. Por falta de espaço e também por economia, rádios portáteis não costumam usar filtros eficazes, ficando assim susceptíveis a desensibilização e sobrecarga dos circuitos amplificadores de entrada. Normalmente as repetidoras irão compartilhar espaços em altos de morros com outras estações que podem estar transmitindo milhares de Watts, se o receptor não for capaz de impedir que esses sinais sobrecarreguem seus circuitos, a sensibilidade será muito afetada, chegando a deixar o receptor completamente “surdo”. Por esse motivo, nem pense em usar um HT como receptor de entrada da repetidora. Se você estava com essa idéia, deixe-o para ser usado como receptor secundário, para controle da repetidora em outra freqüência.

Um bom receptor é aquele que tem uma boa sensibilidade e ao mesmo tempo uma boa seletividade. Ter boa sensibilidade significa que o receptor precisa ser bem sensível, conseguir captar sinais fracos, quase em nível de ruído, mas que ainda assim esse sinal seja inteligível. O squelch do receptor também precisa ter uma boa sensibilidade, pois existem receptores que são sensíveis, mas o squelch não. Com um squelch não muito sensível, estações móveis podem ter problemas de cortes quando seus sinais chegam em nível de ruído. Outra característica importante para um receptor é sua seletividade. Seletividade é a capacidade que um receptor tem de rejeitar sinais que não sejam o da freqüência selecionada. Um receptor bem seletivo não sofre interferências de sinais adjacentes tão facilmente. É nesse quesito que um HT sai perdendo, é comum um sinal 50Khz acima da freqüência que se sintoniza num HT interferir em sua recepção. Se esse sinal for muito forte, pode interferir em toda a faixa de recepção dele!

Bom, deixando os HTs de lado, uma boa opção seria usar um rádio monobanda (banda simples), diferente dos rádios dual (com duas bandas, normalmente VHF/UHF), eles tem filtros mais eficientes. Um rádio dual tem que deixar passar no mínimo duas faixas de freqüências, e esses rádios novos também recebem 300MHz, 800Mhz, aviação, ou seja, imagine quantos “buracos” esse filtro precisa ter para deixar passar tudo isso. Os rádios mais antigos, aqueles cristalizados ou mesmo o Yaesu FT227R, esse já sintetizado, usavam filtros helicoidais na entrada do receptor, isso diminui consideravelmente essas interferências e deixa o rádio bem mais seletivo. Veja na ilustração abaixo como é bem o filtro de entrada de um receptor monobanda é bem mais estreito no espectro frequência:


Outra coisa desejável num receptor de repetidora é o indicador de sinal, mais conhecido como S-Meter. Será de grande utilidade na hora de ajustar o duplexador.

Uma vez escolhido o receptor, agora precisamos encontrar os dois sinais que a controladora precisa para funcionar, são eles: COS (Carried Operated Squelch), as vezes chamado de COR (Carried Operated Relay) e o sinal de áudio.

Vamos começar pelo COS, a finalidade desse sinal é indicar se o receptor está ou não recebendo algum sinal em sua entrada. Ele tanto pode ser positivo quanto negativo. No caso de positivo, quando um sinal é recebido pelo receptor o COS apresentará uma tensão de mais de 2V. E se o receptor estiver em silêncio, ou seja, sem receber sinal algum. ele deverá apresentar menos de 0,7V. Nos receptores com COS negativo é exatamente o oposto, na presença de sinal o COS apresenta 0,7V e na ausência mais de 2V.

Para a controladora é indiferente se o COS é positivo ou negativo, mas vamos deixar isso para o capítulo referente à controladora. A maneira mais fácil de encontrar esse sinal é com o auxílio de um multímetro. Normalmente esse sinal está presente no conector que liga o painel do rádio a placa principal dele. Coloque o multímetro em escala de VDC, e comece medindo o primeiro pino desse conector. Abra e feche o squelch do receptor e veja se apresenta alguma mudança de tensão. Se nenhuma diferença for encontrada, continue testando todos os demais pinos do conector. Um deles deverá apresentar características de COS. Se não tiver sorte e não encontrar nada nesse conector, não desista, continue procurando nos circuitos da placa principal do rádio. As pessoas com experiência em manutenção de rádios não terão problema algum em achar esse sinal

O outro sinal que precisamos é o áudio. Existem dois pontos nos receptores de onde podemos retirar o áudio, as vantagens e desvantagens de cada um desses pontos será assunto de artigo futuro. Um desses pontos e o de mais fácil acesso é o da saída de alto-falantes. A desvantagem dessa opção é que se alguém mexer no botão de volume do receptor, alterará o áudio da repetidora.

Já o outro ponto de onde podemos retirar o áudio é chamado discriminador ou detector. O discriminador é um ponto onde o áudio ainda não foi processado pelos circuitos e filtros de áudio do receptor. Às vezes é interessante utilizarmos o sinal de áudio com essas características, mas isso também ficará para o futuro.Para encontrar esse ponto, nos rádios mais atuais, podemos procurar no conector para o opcional de subtom (CTCSS), é quase certo que encontrará o discriminador em um de seus pinos. Se o rádio for mais antigo e não tiver esse conector, pode-se recorrer ao esquema elétrico, normalmente há uma indicação “DET” em algum lugar. A maneira mais fácil de encontrar esse sinal é com a ajuda de um osciloscópio, mas nem todos têm um equipamento desse disponível. Com ele basta testar cada pino do conector ou se não estiver nele, procurar na placa principal do receptor. Procure pelo sinal característico de ruído branco. Conforme figura abaixo.


Agora para quem tem apenas um multímetro, coloque-o na escala VDC, procure por um sinal variável de tensão entre 100mV e 2V. Quando encontrar esse sinal, com o auxilio de um transmissor qualquer, transmita uma portadora na freqüência do receptor para ver se esse sinal fica próximo de zero. Se ficar tente falar alguma coisa no microfone do transmissor, veja se aparece alguma variação na tensão do multímetro. Se tiver problemas em encontrar o discriminador ou mesmo o sinal de COS, peça ajuda a alguém que entenda de manutenção de rádios, com certeza ele poderá ajudá-lo.

Resumindo, veja abaixo as características desejáveis em um receptor para ser usado em uma repetidora:

q Sensibilidade

q Seletividade

q S-Meter

q Monobanda

As saídas que precisaremos para a controladora são:

q COS

q Discriminador ou saída de alto-falante



ESCOLHENDO O TRANSMISSOR.

Vamos falar desta vez do transmissor, outro componente muito importante de uma estação repetidora. Primeiro vamos listar as características desejáveis para um transmissor, da mesma maneira que fizemos para escolher o receptor.Seguem as principais caracteristicas:

Bom filtro de harmônicos – Transmissores mal projetados podem gerar sinais indesejáveis que podem interferir na recepção da repetidora, portanto um bom transmissor deve ter um bom filtro de harmônicos para evitar esse tipo de problema. Os transmissores atuais, pelo menos os das marcas mais afamadas, normalmente passam por rigorosos testes antes de chegarem ao mercado, e devem ser satisfatórios. Cuidado com transmissores cristalizados do tipo P3 da Motorola, embora seja um ótimo candidato a transmissor de uma repetidora, em geral são encontrados apenas para altas freqüências do VHF, e só trocar o cristal não é o suficiente. O filtro de harmônico desses equipamentos são de banda estreita, ao trocar a freqüência original por uma fora da faixa de atuação do filtro, quase sempre trás problemas.


Bom dissipador de calor – Um transmissor de repetidora precisa agüentar um funcionamento ininterrupto, principalmente para aquelas repetidoras de alto tráfego. Portanto um bom sistema de dissipação de calor é essencial. Usar um transceptor móvel como transmissor de repetidora é perfeitamente possível, mas apenas o dissipados desses rádios não darão conta do serviço, quase sempre sendo necessário à instalação de uma ventoinha sobre seu dissipador.


Bom áudio – Embora essa característica seja meio abstrata, existem transmissores que são famosos pelo seu péssimo áudio. Devemos evitá-los.


Estabilidade de freqüência – Outra característica importante que todos os atuais transmissores oferecem. Nesse caso temos apenas que nos preocupar com os transmissores mais antigos a cristal. É sempre aconselhável conferir sua freqüência de saída com uma certa regularidade.


Potencia de Saída – Na verdade um transmissor de repetidora não precisa necessariamente ser muito potente, já que terá a vantagem de estar instalado em local privilegiado em geralmente utilizando um bom sistema irradiante. E quanto mais potência tem o transmissor, maior será a dissipação de calor necessária. Utilizando esses transceptores de hoje, o ideal é uma potência entre 10w e 25w, uma vez que foram projetados para ciclos de transmissão com intervalos de recepção. Usá-los com a potência máxima (normalmente 50w) não é recomendável, pois seu módulo de potência pode atingir altíssimas temperaturas e por fim queimar. Só para sua referência, tem gente que se preocupa muito com a potência, faz o impossível para conseguir sempre um pouco mais. Lembre-se, para você perceber uma melhora significativa no sinal recebido, o sinal transmitido tem que aumentar pelo menos 10 dB. Traduzindo, um sinal de 10w tem que ir para 100w para fazer diferença. Então aumentar de 25w para 50w nem sempre resulta em sinal muito melhor, mas com certeza resulta em maior dissipação de calor e menor vida útil do seu transistor de saída.

Agora quanto aos sinais necessários para sua interligação com a controladora de repetidora, apenas dois sinais serão necessários. São eles: entrada de áudio (entrada de microfone ou modulador) e PTT, Esse último normalmente acionado quando em contato com o terra.

E para finalizar estou acrescentando um Glossário de termo técnicos que estará presente no final de cada artigo para os termos mais empregados:

Harmônicos na Transmissão - Interferências hormônicas do transmissor são caudas pelas características não lineares do transmissor. Eles são criados devido aos multiplicadores de freqüência utilizados no projeto. Se um sinal harmônico estiver na banda passante do transmissor e com amplitude suficiente pode degradar o desempenho do receptor da repetidora.

Banda Passante - É a faixa de freqüência que um filtro permitirá a passagem.

Emissões Espúrias - São emissões que podem ser atrinuidas a diferentes fatores do transmissor. A geração de freqüências espúrias pode ser devido as características não lineares do transmissor, ou também pelo mal posicionamento de componentes e acoplamentos indesejáveis no layout da placa. Isso pode ser resultado de um mal projeto ou defeitos de fabricação. Se um sinal espúrio estiver na banda passante de um receptor nas proximidades, pode degradar seu desempenho.

Desensibilização - É uma interferência que ocorre quando há um sinal de transmissão nas imediações do local do receptor e de freqüência próxima. Normalmente ocorre quando se utiliza um duplexador mal ajustado, o transmissor da repetidora ao entrar no ar atrapalha a recepção da repetidora.

Intermodulação - É uma forma potencial de interferência resultante de uma mistura de freqüências de transmissão. Essa mistura fomra uma nova freqüência que pode interferir nos receptores próximos.

Transmitter IM is a form of potential interference that results from the "mixing" of transmitter frequencies resulting from amplifier nonlinearities. The frequencies mix to form new frequencies that are potential forms of interference to other receivers in close proximity. Any resulting transmitter IM products are identified through our IM screening service.

DTMF - Sinais sonoros gerados pelo teclado dos microfones de nossos rádios e também por teclados de telefone. Servem para comandar a placa controladora da repetidora.

COR - (Carrier Operated Relay) Sinal enviado pelo receptor à placa controladora da repetidora para avisar que um sinal está sendo recebido.

Sinal de PTT - (Push To Talk) E o sinal enviado ao transmissor informando que deve transmitir, normalmente ativado ao se conectar ao terra do circuito.

Discriminador - Sinal de áudio do receptor antes de passar pelos filtros de áudio.

Modulador - Entrada de áudio de transmissão após os filtros de áudio.

Duplexador - Cavidades resonantes (filtros) que permitem se transmitir e receber um sinal de rádio utilizando apenas uma antena.

Meu receptor tem +o sinal de COR Positivo. O que devo fazer?

As controladoras de número de série entre 001 e 146 usam a lógica de COR negativa. Isso significa que o sinal de COR deve ser abaixo de 0,7V para a controladora entender que tem alguém acionando a repetidora, e quando não acionada uma tensão maior que 2V. A maioria dos receptores usam lógica negativa, mas algum usam positica, ou sejam quando um sinal chega no receptor ele envia mais de 2V, e quando não aciona fica em menos de 0.7V. Para resolver esse problema basta colocar um transistor NPN como inversor.

PY2JF João Roberto.


Repetidoras de São Paulo

e
Frequenciaoff-setCidadeIndicativoSubtomSituação
51.650-500Campos do JordãoPY2KES79.7Ativa
53.910-1600Serra Negra 82.5Ativa
145.210-600Guarujá   
145.210-600São Paulo - Cap 123.0 
145.210-600Presidente Prudente   
145.230-600AmericanaPY2KCA74.4Ativa
145.230-600São J. do Rio PretoPY2KDT Ativa
145.230-600Itatiaia   
145.250-600São B. do Campo 146.2 
145.250-600Avaré 103.5Ativa
145.270-600São Paulo - Cap 123.0 
145.270-600Pico do Jaraguá 77.0 
145.270-600JapiPY2KSC123 
145.290-600Joanópolis 91.5 
145.290-600M. Itaóca   
145.310-600Rio ClaroPY2KBZ107.2 
145.330-600Móca   
145.330-600Itapeva 123 
145.350-600Morro dos Ingleses 74.4 
145.350-600Campos do Jordão 123.0 
145.370-600São SimãoPY2KSS82.5 
145.390-600ItapetiningaPY2KDA82.5Ativa
145.410-600Alto Senna   
145.410-600São B. do Campo 91.5 
145.410-600Jacutinga 123.0 
145.430-600JaboticabalPY2KDD  
145.430-600Paraibuna 97.4 
145.430-600Pedra do Lageado 97.4 
145.430-600Sorocaba   
145.450-600Botucatu 77.0 
145450-600Jacarei (Craja)PU2KCR67.0Ativa
145.470-600Amparo 82.5 
145.470-600Itatiaia N/T 
145.470-600Cantareira - Mairiporã   
145.490-600Japi 123.0 
146.520-600Jacarei (Defesa Civil)   
146.610-600Itapecirica 123.0Ativa
146.610-600Presidente Prudente   
146.610-600Barra BonitaPY2KDN82.5 
146.610-600Apiaí 100.0 
146.630-600Piracicaba 77.0 
146.630-600Carapicuiba   
146.630-600Birigui   
146.640-600São Carlos   
146.650-600São CarlosPY2KFD  
146.650-600Santana do Parnaiba 103.5 
146.670-600Ribeirão Preto   
146.670-600Paranapiacaba 88.5 
146.670-600Campinas 82.5 
146.690-600Rio Claro   
146.690-600VotuporangaPY2KAZ Ativa
146.690-600São Carlos  (Policia)
146.690-600São Paulo CapPY2REP Ativa
146.700-600Birigui   
146.710-600Cubatão   
146.710-600CampinasPY2WV82.5 
146.710-600Piquete   
146.730-600São Pedro 77.0 
146.730-600Peruibe   
146.750-600GuarulhosPY2KBI71.9Ativa
146.770-600Valinhos 82.5 
146.790-600Presidente Prudente   
146.790-600Joanópolis   
146.790-600VotorantimPY2KAS123.0 
146.810-600Campinas   
146.810-600Barirí   
146.810-600MorungabaPY2KCE  
146.830-600Cantareira - Mairiporã 91.5 
146.830-600Botucatu 67.0 
146.830-600Marilia 82.5 
146.850-600Baruerí 103.5 
146.850-600Santos 103,5 
146.850-600Baurú   
146.870-600Ilha Bela 141.3 
146.870-600CampinasPY2KAA82.5 
146.890-600Campos do JordãoPY2KES79.7 
146.890-600São Paulo - Cap   
146.890-600Araras   
146.910-600Graça   
146.910-600PedregulhoPY2KPD82.5 
146.910-600Serra Negra 82.5Ativa
146.930-600Batatais   
146.930-600AltinópolisPY2KAO123.0Ativa
146.950-600LimeiraPY2KCK71.9Ativa
146.950-600Mantiqueira   
146.970-600E.S dos Pinhais 82.5 
146.970-600Mogi das Cruzes 71.9 
146.970-600Avaré   
146.970-600Bragança   
147.000+600São Paulo - Penha 123.0Ativa
147.000+600CampinasPY2KFM77.0Ativa
147.000+600MauáPY2KEK Ativa
147.000+600Jaú 77.0Ativa
147.030+600Casa Grande   
147.030+600Guarujá   
147.030+600Sorocaba   
147.030+600Pindamonhangaba   
147.030+600Votorantin 156.7 
147.060+600Indaiatuba   
147.060+600Paranapiacaba   
147.060+600Cubatão 127.3 
147.090+600Japi 103.5 
147.090+600BJ dos Perdões 71.9 
147.090+600Bocaina 82.5 
147.120+600São Paulo - Cap   
147.120+600Campinas   
147.120+600Valinhos 100.0 
147.150+600Cantareira - Mairiporã   
147.150+600Itapeti   
147.150+600Piquete   
147.180+600Mogi das Cruzes 123.0 
147.180+600Botucatu   
147.210+600São Paulo - Cap 88.5 
147.210+600Itaquera   
147.210+600SM Arcanjo   
147.210+600São PedroPY2SSB  
147.210+600GuarujáPY2KAT88,5 
147.240+600São Paulo - Paulista 110.9 
147.240+600São J. da Boa VistaPY2KCM77.0 
147.270+600Limeira   
147.270+600São Paulo - Cap   
147.300+600São Paulo - Cap 74.4 
147.300+600Limeira   
147.330+600São Paulo - Cap  Ativa
147.330+600Itapetininga   
147.330+600Caieiras 123.0 
147.330+600SF dos SulPY2KCH  
147.330+600Cantareira - Mairiporã 107.2 
147.360+600SR do P QuatroPY2KSR82.5Ativa
147.360+600CantareiraPY2KSM123.0Ativa
147.360+600Santa Fé do SulPY2KCH Ativa
147.390+600Cantareira - Mairiporã 123.0 
147.390+600São Paulo - Paulista 107.2 
147.390+600São J. do Rio Preto   
224.020-1600Campinas 82.5 
224.780-1600Campinas   
224.860-1600Campos do JordãoPY2KEN79.7Ativa
436.000-5000Mogi das Cruzes 94.8 
438.200-5000SR do P QuatroPY2KJR74.4Ativa
438.300-5000CantareiraPY2KSM123.0Ativa
438.350-5000Joanópolis 91.5 
438.500-5000Mogi das Cruzes 123.0 
439.100-5000JapiPY2KJA100.0Ativa
439.550-5000AmericanaPY2KJF151.4Ativa
439.550-5000Santos (link Campinas)   
439.600-5000ParanapiacabaPY2KSA Ativa
439.700-5000SJB Vista 100.0Ativa
439.800-5000CampinasPY2KDP Ativa
439.850-5000Campos do JordãoPY2KES79,7Ativa
439.850-5000VotorantimPY2KBT Ativa
439.950-5000LimeiraPY2KCK71.9Ativa

Sub tom

Conheça o sub tom

Como Funciona
O sistema é baseado em um tom contínuo de baixa freqüência, que é injetado direto no modulador de áudio do transmissor. O circuito que gera esse tom (Tone, Subtom, PL ou qualquer outro nome) é conhecido como encoder. Por outro lado, o receptor precisará de um circuito decoder de CTCSS instalado antes dos circuitos de amplificação de áudio (discriminador) para detectar a presença desse sinal. Uma vez detectado a presença do subtom da frequência correta, um circuito de chaveamento irá desempenhar alguma função, podendo ser a liberação do mute do rádio ou sinalizar um estado lógico de saída.
Em equipamentos comerciais, como os da Motorola GM300 ou M120, o subtom é realmente inaudível, pois existem filtros que permitem apenas que freqüências de voz (300Hz a 3000Hz) sejam amplificadas pelo estágio de áudio.  Já a maioria dos equipamentos fabricados para radioamadores não tem esses filtros, resultando na passagem de freqüências bem mais baixas, e com isso o subtom acaba sendo ouvido. As vezes o som do subtom é confundido como o som de fontes mal filtradas, mas na realidade é o subtom que não está sendo filtrado como deveria. As vezes seu nível está muito alto, o que também acaba ajudando a ser percebido na recepção.
A faixa de freqüência utilizada vai de 67.0 Hz até 254.1Hz. Sendo que quanto mais baixa a freqüência utilizada,  menor a chance de ouvi-lo. Por isso quase todas as repetidoras utilizam a parte baixa dos subtons disponíveis. Veja na tabela as freqüências atribuidas ao CTCSS:

Um Porteiro Eletrônico
O subtom nos permite escolher quais sinais serão ouvidos em nosso receptor. Quando ativamos o Tone Squelch de um rádio, ele ficará em silêncio. Somente sinais com o subtom correto conseguirão passar pelo circuito de amplificação e chegar ao alto-falante, todos os outros sinais serão ignorados. Eles ainda estão lá, mas não serão ouvidos. Quanto ativamos o Tone Squelch, o rádio passará a se comportar como se fosse uma repetidora subtonada. Mas por que iríamos querer limitar os sinais que chegam ao nosso receptor? Temos 4 boas razões para isso:
Limitar o Acesso
No passado, os mantenedores das repetidoras usavam o subtom para restringir o acesso apenas aos integrantes do grupo. Como os rádios não tinham o encoder de fábrica, eles eram instalados nos rádios e apenas quem os tivessem poderiam acionar a repetidora. Pela dificuldade de se comprar um encoder na época, só os sócios do grupo usavam a repetidora, que na maioria das vezes também era equipada com um autopatch para ligações telefônicas. Isso bem antes do advento do celular é claro. Hoje em dia quase ninguém mais usa o subtom por esse motivo, pois os rádios atuais não só já têm o encoder, mas em muitos casos são equipados com um decoder, que pode fazer a varredura e mostrar o subtom no display do rádio. Para isso basta monitorar o sinal na entrada da repetidora, já que nem todas as repetidoras retransmitem o subtom.
No entanto, o subtom ainda é uma boa maneira de limitar o acesso a outros dispositivos, como autopatches, estações remotas, ou rádios operando como repetidora cross band (função que quase todo rádio dual band têm hoje). Dessa forma apenas as pessoas autorizadas usarão o sistema. O subtom quando usado em conjunto com uma senha DTMF é bem mais efetivo na tarefa de limitar o acesso. Na realidade algumas repetidoras “fechadas” exigem, além do subtom correto, o envio da senha correta em DTMF para ativá-las.
Compartilhamento de Freqüência
No caso de um radioamador estar numa área onde duas repetidoras de mesma freqüência se sobrepõem, o subtom poderá ser de grande ajuda. Toda vez que esse radioamador transmitir, acionará as duas. Ele estará falando em uma delas, mas vai atrapalhar a vida de quem está escutando a outra freqüência, que o ouvirá apenas uma parte do QSO. Com as duas repetidoras usando subtons distintos, apenas a escolhida será acionada. O subtom também pode ser muito útil para grupos que operam simplex, pois é muito comum outros grupos nas proximidades, compartilhando a mesma freqüência, receber sinais indesejados. Se cada grupo usar um subtom distinto, e todos os integrantes ativarem o Tone Squelch, não terão mais problemas.
Interferências em Repetidoras
Talvez o uso mais nobre para o subtom seja nos casos de interferências nas repetidoras. Essas, normalmente, disputam um cantinho em cima de morros altos, quase sempre cheio de antenas de transmissão de rádios broadcasting, TV, celular e mesmo outras repetidoras de serviços privados. O resultado disso é um espectro totalmente saturado, onde batimentos e interferências quase sempre ficam andando pelo espectro e regularmente passam pela entrada da repetidora, que se não for subtonada, vai disparar constantemente, podendo tornar a vida radioamador que mantém escuta nessa freqüência um verdadeiro inferno.
Chamada Seletiva
As vezes você quer ser um pouco seletivo sobre os sinais que recebe, você quer estar disponível para os amigos mas não quer ficar ouvindo o chato que fica bipando a repetidora a cada 2s, ou não quer ter sua atenção desviada com o bate papo que está acontecendo na repetidora. O subtom é a solução para esse caso. Usando um rádio que tenha o recurso de Tone Squelch, basta combinar com os amigos o subtom que você programou e pronto, só ouvirá as chamadas que forem para você. Isso é muito útil, pois nem sempre você quer ser interrompido em suas atividades, mas quer ser encontrado pelos amigos. Essa técnica normalmente funciona melhor em operações simplex, pois nem todas as repetidoras retransmitem o subtom que está entrando. Faça um teste antes para saber se a repetidora de sua cidade deixa o subtom passar.
Tenha em mente que Tone Squelch ativado só fará o seu receptor bloquear a recepção de sinais sem o subtom correto, mas eles continuam passando pela repetidora, você só não os ouve. Um erro comum é achar que porque está usando subtom outras pessoas não ouvirão o que fala. Todos ouvirão, pois subtom não é scrambler (embaralhador), é apenas um tom inaldível adicionado a sua transmissão que permite ser decodificado do outro lado para acionar uma repetidora ou abrir o som de um rádio com Tone Squelch ativado.
Conclusão
Usar ou não o subtom? Você é quem vai decidir. Existem pessoas que são totalmente contra o uso do subtom, pois alegam que repetidoras fechadas são ilegais. Eu particularmente acho que esse argumento já foi por água abaixo, uma vez que todo rádio, hoje em dia, vem com o encoder, e talvez até com o rastreador de subtom. Quem será impedido de usar uma repetidora por ela estar subtonada?
Se você vive numa área onde duas repetidoras compartilham a mesma freqüência, se você mantém uma repetidora que está num local cheio de interferências, se você não quer ter sua atenção desviada a todo momento com os bips da repetidora que você mantém escuta, se você quer ser encontrado pelos seus amigos e ainda assim ter o sossego de poder trabalhar em silêncio, o subtom é a solução que procurava.