sábado, 8 de agosto de 2015

Mike de Ganho

Mike ou microfone de ganho, é o nome dado a um pré-amplificador, que aumenta a excitação das etapas de modulação de transmissores, para a se conseguir maior alcance. Este recurso é muito usado nos transmissores para a faixa do cidadão (PX) e radioamadores, se bem que deve ser tomado cuidado para não ocorrer sobremodulação.
Descrevemos a montagem. de um simples mike ou microfone de ganho com transistores de efeito de campo, que pode ser usado com a maioria dos transmissores comerciais, para a faixa .de radioamadores tanto PX como PY.
O circuito é alimentado por uma bateria de 9 V, com um baixíssimo consumo, o que prolonga bastante sua durabilidade.
O único ajuste é o potenciômetro de excitação que deve ser colocado no ponto de máximo rendimento sem distorção.
Microfones de impedâncias entre 200 Ω e 100 kΩ, podem ser usados neste circuito.
A montagem é simples, e se feita em uma placa de circuito impresso, cabe numa caixa plástica de dimensões bastante reduzidas.

Características
Tensão de alimentação: 9 V (bateria)
Impedância de entrada admitida: 200 a 200 000 Ω
Corrente em repouso: 1 mA (tip.)


COMO FUNCIONA

Um único transistor de efeito de campo de junção (JFET) é usado como pré-amplificador eio sinal é aplicado em sua comporta e retirado da fonte (s).
Com isso, a saída é de baixa impedância com boa intensidade de sinal, capaz de excitar facilmente a maioria dos transmissores.
R1 polariza a comporta do transistor de efeito de campo, enquanto que R3 serve de carga de fonte.
O sinal é retirado do transistor após amplificação via C2, sendo então levado ao potenciômetro P1 que controla a excitação do transmissor.
O capacitor C3 faz o desacoplamento da fonte de alimentação.



MONTAGEM

Na figura 1 temos o diagrama completo do Mike de ganho.

Fig. 1 - Diagrama completo do aparelho.




A disposição dos componentes numa placa de circuito impresso é mostrada na figura 2.

Figura 2 – Montagem em placa de circuito impresso



O transistor usado é o BF245 facilmente encontrado no nosso mercado de componentes, mas equivalentes podem ser experimentados.


Os resistores são de 1/8 W e os capacitores C1 e C2 tanto podem ser de poliéster como cerâmicos. O capacitor C3 é um eletrolítico para 12 V e seu valor não é crítico, podendo ficar entre 10 e 220 µF.
O potenciômetro P1 é linear e pode incluir a chave S1.
Para entrada deve ser usado um jaque de acordo com seu microfone.
Em lugar de jaque de saída, pode ser usado um cabo blindado com plugue, de acordo com a entrada do amplificador.






PROVA E USO


Na figura 3 mostramos como o aparelho deve ser usado, intercalado entre o microfone e a entrada do transmissor.









Figura 3 – Modo de usar






Para provar e usar, basta ligá-lo ao transmissor, e com a ajuda de um receptor, ajustar P1 para se ter um nível de modulação máxima sem distorção.


Este nível deve então ser marcado no potenciômetro P1, que será colocado na mesma posição, sempre que o aparelho for usado.


Com a ajuda de um Osciloscópio, podemos ajustar melhor a modulação, que deve ter a forma da figura 4.






Figura 4 – Ajuste da modulação com um osciloscópio






Para o ajuste com Osciloscópio, é interessante colocar diante do microfone um alto-falante, que reproduza um tom de áudio em nível que corresponda aproximadamente à sua voz.
Semicondutores:


Q1 - BF 245 - FET de junção transistor






Resistores: (1/8 W, 5%)


R1 - 2,2 M Ω - vermelho, vermelho, verde


R2 - 10 k Ω - marrom, preto, laranja


R3 - 3,9 k Ω- laranja, branco, vermelho


P1 - 47 k Ω – potenciômetro






Capacitores:


C1 - 47 nF - cerâmico ou poliéster


C2- 470 nF - cerâmico ou poliéster


C3 - 100 µF x 12 V - eletrolítico






Diversos:


J1, J2 - Jaques de entrada e saída


S1 - Interruptor simples


B1 - 9 V - bateria


Placa de circuito impresso, caixa para montagem, conector de bateria, fios, fios blindados, solda, botão para potenciômetro, etc.


Escrito por Newton C Braga

O circuito é bastante simples e a modulação externa pode vir de qualquer amplificador, ou outro equipamento de som, que tenha uma potência de saída de pelo menos 5 watts. Os leitores que estudam, ou são professores nas disciplinas de educação tecnológica, podem usar este aparelho como estação de rádio experimental de modo a transmitir música e programação variada nos intervalos, ou nos períodos antes e depois das aulas.
Características:
• Tensão de alimentação: 20 a 30 volts
• Corrente da fonte: 2 A (tip)
• Frequência de operação: 550 a 1600 kHz
• Modulação: externa com 5 W (min)


Como Funciona
O transistor MJ15003 é ligado como oscilador Hartley, onde a frequência de operação é determinada pelas características da bobina L1 e pelo ajuste do capacitor variável CV1. Com uma bobina de 50+50 espiras num bastão de ferrite comum e um capacitor variável de rádio de ondas médias, é possível ajustar a frequência de transmissão entre 550 e 1600 kHz, o que corresponde à faixa de ondas médias. A realimentação que mantém as oscilações do circuito é obtida através de C1. O resistor R1 polariza a base do transistor e influi na potência do transmissor. Experiências podem ser feitas depois da montagem com resistores de 470 ohms a 4,7 k ohms de modo a se obter o melhor rendimento do circuito. A modulação em amplitude do sinal é feita com a aplicação do áudio no emissor do transistor. O capacitor C2 desacopla o emissor do transistor, desviando os sinais de RF ali presentes para a terra, enquanto que o transformador controla a tensão neste elemento a partir do sinal de áudio. Assim sendo, com o sinal de áudio temos o aumento e diminuição da corrente no transistor, com o que ocorre a modulação da portadora de RF que deve ser transmitida. Este componente responsável pela modulação, o transformador T1, é importante na montagem, pois dele dependerá a qualidade da transmissão. Usamos um transformador comum de alimentação com primário de 110 V e secundário de 6+6 V e corrente de 500 mA a 1A, não ligando a tomada central do enrolamento secundário. Na figura 1 mostramos o que ocorre quando o sinal de áudio não tem intensidade suficiente para a modulação completa da portadora de alta frequência. Nestas condições, temos menor alcance com um aproveitamento menor do que pode fornecer o transmissor.
O ponto ideal é indicado na figura 2, quando as variações do sinal de áudio provocam alterações de 100% na amplitude do sinal de RF. Obtemos assim 100% de modulação.
No entanto, deve ser evitada a modulação excessiva, mostrada na figura 3. Com mais de 100% de modulação, além da distorção do sinal de áudio no receptor, temos a produção de sinais espúrios que afetam a recepção de estações de outras frequências.

Montagem
Na figura 4 temos o diagrama completo do transmissor. Os poucos componentes usados podem ser fixados numa base de madeira, tendo por referência uma ponte de terminais conforme exibe a figura 5. Os capacitores C1, C2 e C3 devem ser cerâmicos.
O transistor MJ15003 não admite equivalentes neste circuito e deve ser montado sobre um bom radiador de calor. O resistor R1 deve ser de 2 watts ou mais de dissipação, e o capacitor variável CV1 deve ter pelo menos 200 pF de capacitância máxima. Também pode ser usado um antigo capacitor “padder” com valor acima de 150 pF. O transformador T1 tem enrolamento primário de 110 volts e secundário com tensões de 5 a 12 V, com ou sem tomada central, e correntes na faixa de 500 mA a 1A. A bobina L1 consiste em 50+50 voltas de fio 22 a 26 (AWG) num bastão de ferrite de aproximadamente 1 cm de diâmetro, e com pelo menos 20 cm de comprimento. Também pode ser usado fio rígido encapado 22 para confecção desta bobina. A bobina L2 consiste em 20 espiras do mesmo fio enrolada ao lado de L1 no mesmo bastão de ferrite. A figura 6 mostra uma fonte de alimentação para este transmissor.
O transformador da fonte deve ter um enrolamento primário de acordo com a tensão da rede local e secundário de 15+15V ou 18+18V com uma corrente de pelo menos 2 ª Os diodos são 1N5404 ou equivalentes, com 2A x 50V. A filtragem deve ser excelente para que não ocorram roncos na transmissão. Por este motivo, o capacitor de filtro deve ter pelo menos 4 700 μF com tensão de trabalho a partir de 40 V. O capacitor C3 deve ser ligado a L1 o mais próximo possível de modo a se reduzir os roncos na transmissão. O fio do positivo da fonte de alimentação também deve ser curto, ou mesmo blindado com a malha aterrada, para evitar roncos.
Para a modulação damos, na figura 7, um circuito amplificador com base no CI TDA2002. O circuito integrado deste modulador deve ser montado num bom radiador de calor e a entrada do microfone deve ser feita com fio blindado. De modo a adaptar a impedância de saída deste modulador à entrada do transmissor utiliza-se um segundo transformador que pode ser igual ao original do transmissor.
A conexão direta do amplificador ao transmissor sem o uso de transformador não é recomendada.
Prova e Uso
A prova de oscilação é feita com um “elo de Hertz”, que consiste numa bobina com 3 ou 4 voltas de fio comum e uma lâmpada de 12 V com corrente entre 50 mA e 250 mA. Colocando-se este elo próximo da bobina osciladora, a lâmpada deve acender (mesmo que com pequeno brilho) se o circuito estiver oscilando. Comprovada a oscilação, mesmo sem antena, ligando-se nas proximidades um receptor de ondas médias sintonizado em frequência livre, ajusta-se CV1 até que a transmissão seja captada. Ligando-se um microfone ao modulador e falando-se, ajuste-se o volume do amplificador modulador para que a voz saia clara e sem distorções.
Com a lâmpada ligada à bobina, falando-se diante do microfone, ela deve piscar. Para operar o transmissor experimentalmente, ligue um pedaço de fio de 1 a 3 metros de comprimento no terminal A e o terminal B à terra ou a outro pedaço de fio de modo a formar um dipolo. Depois, sintonize o sinal mais forte no receptor e ajuste a modulação de modo a ter som claro. Esse ajuste é feito no controle de volume do amplificador usado como modulador.

  Nikola Tesla o inventor da transmissão por rádio

É indiscutível que Nikola Tesla foi um dos gênios mais brilhantes de todos os tempos e que sua contribuição para o avanço tecnológico da humanidade foi gigantesca. Contudo, seu nome é bem menos popular do que o de outras grandes mentes da ciência, como é o caso de Albert Einstein, Isaac Newton e Thomas Edison, por exemplo. Então, que tal fazer justiça a esse homem incrível e conferir sete curiosidades que você talvez desconheça sobre ele?




1 – Ele raramente dormia
Segundo o próprio Tesla, ele dormia apenas duas horas por noite e frequentemente passava mais de dois dias sem pregar os olhos trabalhando em seu laboratório. E essa história parece ter sido confirmada por um dos amigos do cientista, Kenneth Swezey.
2 – Ele tinha memória fotográfica
Tesla tinha a incrível habilidade de memorizar tudo o que lia, o que significa que seu cérebro era uma espécie de biblioteca ambulante repleta de informações que ele podia acessar quando precisava. Aliás, é por esse motivo que Tesla raramente fazia desenhos de suas invenções, lançado mão de sua memória fotográfica.
3 – Ele amava pombos
Não é nenhum segredo que o cientista tinha extrema dificuldade de se relacionar com seres humanos. No entanto, ele tinha verdadeira adoração por pombos e, além de alimentar as aves diariamente, Tesla tinha o costume de levar consigo pássaros feridos ou doentes para cuidar em casa. Aliás, o inventor chegou a nutrir sentimentos amorosos por uma pombinha que cruzou em sua vida.
4 – Muitas de suas invenções ainda são mantidas em segredo
Quando Tesla faleceu — sozinho e falido aos 86 anos de idade —, as autoridades reuniram uma impressionante quantidade de material. Parte desse material foi entregue à família do inventor depois de algum tempo, outra parte foi parar no museu dedicado à sua memória. No entanto, ainda existem itens que nunca foram liberados para o público conferir, o que já levou muita gente a especular sobre o conteúdo dessas invenções mantidas em segredo.
5 – Ele era fluente em 8 idiomas
Nicola Tesla era de origem servo-croata, o que significa que ele era fluente nesse idioma, e residia nos EUA, portanto, o cientista também dominava o inglês. No entanto, além dessas línguas, o homem também falava alemão, francês, italiano, latim, húngaro e tcheco.
6 – Ele era um ambientalista
Apesar de o inventor ter vivido em uma época em que era raro que alguém se importasse com o meio ambiente, Tesla se preocupava profundamente com a velocidade com a qual estamos esgotando os recursos naturais do planeta. Ele chegou a realizar pesquisas sobre novas formas de se obter energia, e queria que a humanidade passasse a utilizar combustíveis renováveis e não fósseis.
7 – Ele queria construir o “Raio da Morte”
Além de todas as invenções de Tesla que se tornaram realidade — como a transmissão por rádio, o motor de indução e a corrente alternada, por exemplo —, o cientista desenvolveu um projeto detalhado para a construção do “Raio da Morte”, uma arma hipotética baseada no uso de um feixe de partículas capaz de dizimar exércitos inteiros.
Tesla batizou sua engenhoca com o nome de “Teleforce” e, conforme descreveu em seu projeto, o canhão dispararia feixes concentrados de partículas com energia suficiente para derrubar uma frota de 10 mil aeronaves inimigas localizadas a mais de 300 quilômetros de distância. Além disso, o disparo também faria com que pelotões inteiros caíssem mortos.
Mega Curioso

Primeira transmissão de Rádio no Brasil

A primeira transmissão de rádio no país aconteceu em 07 de setembro de 1922, simultaneamente à exposição internacional em comemoração ao centenário da Independência do Brasil, que foi inaugurada pelo então presidente Epitácio Pessoa.
Em meio ao clima festivo, Epitácio Pessoa abriu a programação da exposição, que foi possível por meio de um transmissor de 500 watts, fornecido pela empresa norte-americana Westinghouse e instalado no alto do Corcovado, na cidade do Rio de Janeiro.
Apenas 80 receptores espalhados no Rio e nos municípios fluminenses de Niterói e Petrópolis acompanharam a transmissão experimental, que contou com músicas clássicas durante toda a abertura, entre elas, a ópera ‘O Guarani’, de Carlos Gomes.
De acordo com historiadores, as pessoas ouviram muito pouco da transmissão, porque o barulho da exposição era intenso e os alto-falantes relativamente fracos. O responsável pela iniciativa foi o cientista e educador Edgar Roquette Pinto, considerado o pai da radiodifusão brasileira.

Início efetivo e regular das transmissões


Apesar da primeira transmissão de rádio no Brasil acontecer durante a celebração do centenário da Independência, o início efetivo e regular das transmissões ocorreu somente no ano seguinte, mais uma vez graças ao esforço de Roquette Pinto.

Ele tentou convencer o governo a comprar os equipamentos da empresa Westinghouse, mas não obteve sucesso. A aquisição foi então feita pela Academia Brasileira de Ciências, da qual o cientista era secretário. Em 20 de abril de 1923 entrou no ar a Rádio Sociedade Rio de Janeiro.



Atual Rádio MEC

A emissora pioneira é a atual Rádio MEC. Em 1936 ela foi doada pelo próprio Roquette Pinto ao Ministério da Educação. No mesmo ano foi fundada a Rádio Nacional, a princípio como emissora privada, incorporada na década de 40 ao patrimônio da União.

De meio comunitário à era comercial

No início, o rádio não era público e nem comercial, mas sim um meio comunitário, através da constituição de grupos e associações que se reuniam em torno do aparelho. Estes grupos e associações eram formados por pessoas que emprestavam discos para as emissoras.

Já a era comercial do rádio surgiu a partir do ano de 1932, quando o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, por meio do decreto 21.111, autorizou as emissoras radiofônicas a terem até 10% de sua programação sob a forma de publicidade.
Apenas 15% dos brasileiros ouvem rádio

Um levantamento realizado em 2012, pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), mostrou que apenas 15% dos brasileiros ouvem rádio. A pesquisa comprova que o meio de comunicação vem perdendo espaço para outros veículos, como a televisão e a internet.


Primeira transmissão no mundo

A primeira transmissão de rádio no mundo aconteceu em 1906, nos Estados Unidos, pelo físico e inventor Lee de Forest, experimentalmente para testar a válvula tríodo, um dispositivo utilizado para a amplificação de sinais, entre outras funções.

Conforme alguns autores, a tecnologia de transmissão de som por ondas de rádio foi desenvolvida pelo italiano Guglielmo Marconi, no fim do século XIX. Por outro lado, a Suprema Corte Americana concedeu a Nikola Tesla o mérito da criação do aparelho, uma vez que Marconi usara 19 patentes de Tesla em seu projeto.

Fonte: Rank Brasil